Museu da Escultura - Belmiro Baio


15/02/2013 14:00 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Belmiro Baio<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121206.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Memória do Campo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121207.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> .<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121208.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Belmiro Baio transforma metais e cria esculturas impregnadas de simbolismo



O interesse do escultor Belmiro Baio se dirige a todo material que se tornou inservível para a produção de objetos de utilidade prática. São os restos metálicos que o fascinam e o estimulam à realização de suas composições, que, mesmo sendo de elementos disparatados, não carecem de rigor formal.



Caracterizada fundamentalmente pelo aproveitamento e pela integração dos mais diversos materiais e de resíduos metálicos rejeitados pelo consumismo de nossos dias, o escultor leva sua pesquisa artística à mais completa maturidade.



O artista está convencido de que a pesquisa operante e contínua é a condição principal para prosseguir na aventura criativa. Não há dúvida de que a condição que qualifica a criação artística é uma pesquisa difícil, até mesmo exigente, sobretudo se testemunharmos a rapidez da mutação dos objetos e dos equipamentos.



Deve-se notar, também, que o escultor prefere esconder sua formação estético-cultural lançando-se no conflito entre esteticismo e invenção, que se conclui pela intervenção negativa do primeiro sobre a segunda: trata-se do velho problema da erudição contra o instinto.



Baio se atém a essa conclusão. Suas obras são justamente o que se pode esperar de um esteticista: são destinadas a provocar, a chocar sobre diversos planos, mas agradam pelo embelezamento pop que apresentam.



Juntamente com o desejo de obter "muito além das aparências" a dimensão de certas formas, o artista demonstra ter uma atração profunda pelos materiais que utiliza de maneira quase sensual e compulsiva.



Na obra "Memória do Campo", doada ao Museu da Escultura ao Ar Livre, e instalada nos jardins do Palácio 9 de Julho, Belmiro Baio se apropria de elementos até há pouco excluídos da arte, dando-lhes um simbolismo significativo.



O artista



Belmiro Baio nasceu em Itápolis (SP), em 1970, onde vive e instalou seu ateliê. Graduou-se em educação artística, especializando-se em didática pela Faculdade de Educação São Luís, de Jaboticabal (SP).



Paralelamente a suas atividades artísticas e especialista que é em todo tipo de escultora, moldes e fundição, é professor de curso profissionalizante de escultura em seu ateliê e de graduação e pós-graduação na Faculdade São Luís. Ministra aulas de estética e história da arte nessa faculdade, onde realizou um curso sobre "Diferentes Rumos da Arte Atual" e outro sobre "A Estrutura na Escultura", na VII Semana de Arquitetura e Urbanismo, no Centro Universitário de Araraquara.



Realizou as seguintes mostras individuais: Sérgio Buarque de Holanda (2000 e 2002); Rotary Clube de Itápolis, SP (2004); e 11ª Semana de Arte e Cultura da USP, São Carlos (2006). E as seguintes exposições coletivas: Faculdade São Luís, de Jaboticabal, SP (2000 a 2005); II Território de Arte de Araraquara, SP (2004); Espaço Cultural do Novo Shopping de Ribeirão Preto, SP; Semana de Portinari, Brodowski, SP (2002 a 2006); Semana de Arte da Faculdade São Luís, em Jaboticabal, SP (2000 a 2006); Expo Deplás, em Jaboticabal (1999 a 2006); I Mostra de Arte Parceria, Rotary Clube de Itápolis, SP (2005); II Mostra de Artes Plásticas em Itápolis, SP (2006); Casa de Portugal, São Paulo (2004); III e IV Bienal de Arte e Cultura de Jaboticabal, SP.



Participou ainda de salões de artes em Araraquara e Barretos (1999), Ribeirão Preto (2001), Matão (2002 e 2004) e Tabatinga (2004). Bienal Internacional de Arte de Florença (2008), Bienal de Arte Internacional de Roma (2009) e Feira de Arte de Padova. Recebeu prêmios em Araraquara (1999) e Jaboticabal (2002) e pelo Mapa Cultural Paulista (2002 e 2004).



Possui obras em diversas coleções particulares no Brasil e nos acervos do Museu da Maçonaria de Itápolis, na Galeria Brasil Itália, em Itápolis, na Oficina Cultural Sérgio Buarque de Holanda, no Museu da Escultura ao Ar Livre no Palácio Nove de Julho e no Museu de Arte do Esporte Olímpico em São Paulo.

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