Museu de Arte - Heri Uesugui


19/02/2013 14:00 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Iraquiana, figura em pastel <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121281.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Um raio de sol<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121282.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Heri Uesugui<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121283.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Heri Uesugui: cromatismo perfeito com nuances de luzes que valorizam o conjunto da composição





Heri Uesugui escolheu para temas de suas paisagens "cenários difíceis" das terras que visita, mas os escolheu porque os sente como "seus". Seus segredos e suas cores, antes de estarem sobre sua paleta, foram diluídos e distendidos "dentro de si", como as estrofes de uma poesia que, antes de se tornar ritmo, é uma "voz interior".



Para o observador, olhar as obras dessa artista é como admirar uma paisagem, um canto de natureza, debruçando-se do alto de uma montanha ou de um abismo. A primeira impressão que se tem é aquela da imensidão, do infinito, de uma dimensão, em que as particularidades, os desvios e o limitado se diluem na unidade do conjunto.



A realidade verdadeira que se destaca na tela é a de uma terra áspera e diversificada, que não tem nada de artificial, de construído, de limitado, pois é a terra que de fato "sentiu". Não seria possível traduzir sobre a tela visões e tonalidades de uma paisagem que, embora sugestiva, é tão difícil de ser revelada nos seus contrastes e nas suas nuances, sem a emoção e a técnica que a artista vem desenvolvendo.



Heri Uesugui conseguiu na obra "Um raio de sol", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, um cromatismo perfeito, com nuances de luzes que valorizam e detalham o conjunto da composição. Sua pintura é, pois, genuína como o cantar que floresce nos lábios, espontaneamente, quando estamos submersos na beleza pura da natureza.



No tocante à figura a pastel intitulada "Iraquiana", a artista demonstra uma penetrante observação da realidade, segurança do desenho nos mínimos detalhes. O agudo inteirar-se do personagem, moral e psicologicamente, colocam a pintora sobre um plano de novo classicismo redescoberto.



A Artista



Heri, pseudônimo artístico de Tânia Heri Uesugui, nasceu em São Paulo, em 1953. Formou-se bacharel em direito pela Universidade de São Paulo, com extensão universitária e de especialização voltada para a área de Recursos Humanos e Direito do Trabalho.

Seu interesse pelas artes surgiu na infância, por influência de sua mãe, que é pintora, mas somente em 1999 iniciou seus estudos de desenho e pintura, realizando vários cursos na Academia Brasileira de Arte (ABRA): pintura com a professora Raquel Guida e desenho e pintura com o professor Maurício Takiguthi.



Atualmente a artista tem como objetivo estudar para se desenvolver tecnicamente em desenho e, especialmente, em pintura a óleo. Pretende, assim, produzir trabalhos que transcendam ao academismo, fugindo um pouco da rigidez de suas regras e buscando uma abordagem mais próxima à dos pintores realistas americanos.



Para tanto, procura recorrer à variação técnica, ou seja, aplicação de tinta mais pastosa, arrojo na luminosidade das cores, variação nas pinceladas, ênfase nos movimentos etc.



Entre suas recentes exposições destacam-se: Salão em Homenagem à Mulher, Núcleo de Arte e Cultura do Litoral Paulista, Santos, SP; 16º Salão de Arte, Associação Comercial de São Paulo.

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