Museu de Arte - Mery Rigo: quando o hiper-realismo consegue criar uma relação sedutora com a natureza


27/02/2013 14:00 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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A obra de Mery Rigo tem a prerrogativa da invenção espontânea e possui uma carga poética que rende o seu trabalho pessoal e inconfundível. A construção hiper-realista que a artista coloca em suas obras pertence a um desejo secreto da pintora de dar uma realidade vista e uma realidade pensada às prospectivas e à liberdade da transfiguração.

A relação sedutora com a natureza, desviada nas práticas da evasão, a inconstante e frágil situação do ser humano na visão de uma realidade fugitiva, eis a substância de que se alimentam as imagens hiper-realistas desta artista.

Lucidez e limpidez não excluem um sutil chamamento às agressões feitas à natureza que a artista opera sobre a realidade, ampliando-a em visão que, mesmo partindo de fórmulas quotidianas se transformam em janelas abertas sobre o vazio psicológico de nossos dias.

Cada obra de Mery Rigo "se lança" de conformidade com certos mecanismos internos que dirigem a função. Seu discurso plástico se apresenta com nítida transparência, com linear enunciação e estendido sobre cores ventiladas.



"Ramos", obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo é composta em quatro partes e reúne imagens colocadas sobre a tela com uma articulação gráfica e uma síntese estilística precisas, onde o cromatismo equilibrado na justa medida cria a profundidade do tema.



A Artista



Mery Rigo nasceu em Moncalieri, na província de Turim em 1971. Atualmente vive e trabalha em Baldissero Torinese. Apaixonada por desenho e pela arte iniciou suas atividades artísticas em 1985, como autodidata, passando a fotografar livremente e a pintar.

Após conseguir a maturidade clássica em sua cidade natal, passou a trabalhar no campo da fotografia que abandonou em 2001, para se dedicar mais ativamente na pintura.

Nos anos seguintes participou de diversas exposições na Itália, destacando-se entre elas: 7° Mostra de Arte Contemporânea, Saluzzo, Cuneo; "Circulo dos artistas Belvedere". Mondovì, Cuneo (2002); 8° Mostra de Arte Contemporânea, Saluzzo, Cuneo; "Ricette a regola di Arte", Galeria Studio Laboratorio Anna Virando. Turim e "Tra le righe e i quadri", Galleria Wunderkammer, Tutim (2003).

Após participar em 2005 da mostra-manifesto "Estrattismo", em 2006 reuniu um núcleo de artistas italianos que aderiram e assinaram o primeiro manifesto por ocasião da mostra "Cutters, ArtEstrata in movimento" realizada em Moncalieri.

Recebeu o 1° prêmio "Matteo Olivero" na 7ª Mostra de Arte Contemporânea de Saluzzo e o 1º premio Targa Oro na seção de pintura do importante Premio de Arte Mondadori de Milão.

Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais na Itália e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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