Museu de Arte: Daisy Nasser


28/02/2013 13:53 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Daisy Nasser<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121750.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Feminilidade <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121751.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Renascimento<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121752.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mistério<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2013/fg121753.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Daisy Nasser: esculturas impregnadas das marcas do tempo e da origem do homem





O mundo artístico de Daisy Nasser é rico de mistérios, repropõe através de imagens as interrogações que nos assaltam diariamente, e modela, com suas peças reduzidas à essencialidade, os acontecimentos nos quais nos aventuramos cotidianamente sem saber que fim terão. Ao seu redor cria uma atmosfera carregada de mistério.



Encontramo-nos frente a uma artista que amadureceu seus propósitos e se decidiu a conduzir um discurso que não é somente escultural, mas que deseja substanciar-se também de conteúdos. Daisy Nasser alcança a dimensão da poesia, não como dado especulativo dos sentimentos, mas como espaço aberto ao belo.



Vultos, corpos, estruturações essenciais são resolvidas no movimento colhido na expressão artística que os aproximou, roubando dos mesmos o motivo realístico. Daisy Nasser, na sua ansiedade de criar, transfigura - decompõe e recompõe -, pois sabe se transformar em amável e sugestiva escritora de histórias e lendas.



Evidentemente, trata-se de uma artista de forte e imediata singularidade que baseia seu trabalho, elaborado em profundidade, sobre uma estrutura bem cimentada por um exercício contínuo e sob as asas de uma inspiração forte, intimista e de personalizada criatividade.



Tinha razão o saudoso filósofo e crítico de arte grego Theon Spanudis ao prognosticar uma trajetória significativa e empolgante para a artista e ao afirmar com muita propriedade que "A escultura de Daisy Nasser é um belo e significativo resultado do itinerário das almas cativas na materialidade até alcançar sua libertação completa".



Tensão e abandono poético se fundem em cada sua escultura, onde o elemento vivido se torna quase de sonho, entrevisto, isto é, além dos limites fugazes da aparência real.



Alinhada às fileiras da atualidade, a escultora Daisy Nasser preocupou-se recentemente em desenvolver uma obra dentro de um substrato cultural antiquíssimo: os grafites de épocas remotas, caracteres hebraicos ou hieróglifos egípcios. Deles extraiu mais do que uma simples sugestão, mas a base de sua cultura e do seu sentir, da reflexão e da especulação dos tantras, sobretudo ao desfrutar um contexto feito de rituais, de normas de vida prática, de magia.



Não há dúvida de que o mundo artístico dessa escultora é rico de mistérios, repropondo interrogações através de traços que nos assaltam diariamente. Ao seu redor cria uma atmosfera carregada de mistério.



Nas obras "Renascimento", "Feminilidade" e "Mistério" doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Daisy Nasser traduz na matéria a sua calorosa e humana espontaneidade e a transforma numa realidade lírica e poética.



A Artista



Daisy Nasser nasceu em São Paulo em 1943. Desde muito jovem dedicou-se às artes. Formou-se pela Escola Panamericana de Arte (1966); pela Escola Paulista de Decoração (1969); na FAAP seguiu cursos livres de desenho de escultura (1970), no Instituto Brasileiro de Gemas fez vários cursos consecutivos (1972) e cursos de pedras lapidadas (Design) (1974).



Participou ainda de cursos de pintura a óleo com motivos primitivos (1977) e teve aulas com os consagrados escultores Calabrone e Beccheroni (1983) e com o professor Antonio Santos Lopes (1984/1985). Freqüentou em Nova York o Art Students League (1986) e os ateliês Helena Blumenfeld e do escultor Masuda (1998).



No ano de 1999 trabalhou na Europa, pesquisando materiais os mais diversos e freqüentando as mais importantes fundições italianas.



Esteve presente entre outras exposições, na I Mostra de Arte Contemporânea Brasileira, Lisboa, Portugal, onde foi premiada com medalha de ouro; 7° Salão Nacional de Arte Plásticas, São José do Rio Preto, SP; Salão Imigrantes na Bienal de São Paulo; 10° Salão de Arte Contemporânea, Ribeirão Preto, SP; Galeria Itaú (1984); Tampa e Miami, EUA; Fine Art Acquisitios, SOHO, Nova York, EUA; A Hebraica; "A Escultura ao Alcance de Todos"; Salão Nobre IV Centenário; Contemporary Art Exibition, Tampa, EUA, onde também obteve medalha de ouro (1986); XX Exposição de Arte Contemporânea, "Chapel Ar Show" (1987); Espaço Cultural Castros Hotel, Goiânia, GO; Espaço Cultural do Hotel Eron, Brasília, DF (1988); Centro Cultural Trump Tower, Nova York, EUA (1990); Galeria Escultura (1991); Gallerie de L'Ille, Montral, Canadá (1992); Espaço Cultural Hotel Negresco, Nice, França (1994).



Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais no Brasil, Israel, Europa, Estados Unidos e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp