Museu de Arte - Inês Benou


05/03/2013 14:00 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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Inês Benou<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2013/fg121933.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Gravura da série Cósmica<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2013/fg121934.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Gravura da série Cósmica<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2013/fg121935.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Inês Benou: tanto no traço quanto na cor gravuras repletas de sensibilidade e lirismo



As gravuras de Inês Benou são fruto de um direcionamento assumido há anos pela artista, cada vez mais distante das formas tradicionais de pintar e disposta a propor estados de alma na liberdade do traço e da cor.



O percurso dessa artista adquire a leveza das fusões cromáticas, finura de seleções tonais, acrescido de um "plus" de lirismo ao gosto da natureza envolvente. Através de gravuras em metal com colagem, sua personalidade estilística se faz mais perceptível. A cor se incorpora, delineando com sóbria poesia motivos naturalísticos apenas sugeridos, como se fossem ditos sussurrando.



O que de imediato se impõe na arte dessas gravuras é a autonomia da técnica. A cor, como se soprada pela leveza do toque, parece não desejar conter a sua respiração. Suas composições levíssimas, em tons suaves, encontram-se na atmosfera de um sonho repleto de poesia, deixando a lembrança luminosa de uma espécie de sorriso de uma obra realizada em estado de graça.



As obras de Inês Benou repropõem um estado de alma na liberdade do traço e da cor. A artista mantém na sua bagagem de experiências um elemento precioso: uma forma primária e esotérica que se encontra na base de todas as coisas, onde procura dar vida a um movimento em ascensão de maneira perfeitamente harmônica a essa forma essencial e inicialmente inerte.



A primeira conseqüência positiva é o alcance de uma pureza absoluta do traço. A imagem se desenvolve em beleza, pródiga de sugestões para o espectador e, em modo particular, para a própria artista. As gravuras de números III e XIII da série "Cósmica", doadas ao Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, são resultado de uma sensibilidade intrínseca repleta de lirismo.



A Artista



Inês Benou nasceu em São Paulo, no ano de 1937. Durante muitos anos viveu em Londres, Inglaterra, onde estudou na London St. Martin´s School of Art. Morley College, Camden Arts Center and Watford Technical College. Cursou em Paris a École Nationale Superleure de Beaux-Arts e o Atelier Friedlander, seguindo ainda a New York Pratt Centre for Contemporany Printmaking and School of Visual Arts.



Participou de inúmeras exposições coletivas e individuais, destacando-se entre elas: Associated American Artist´s Galleries, Nova Iorque, Estados Unidos (1968); Camden Arts Center Print Exhibition of the Hampstead Artist´s Council, Londres, Inglaterra (1969); Twelve Brazilian Contemporany Artists - University of Liverpool; Hampstead Artist´s Council - Camden Arts Center - Londres, Inglaterra; Embaixada Brasileira em Londres; Morley Gallery, Londres; Lumley Cazallet, Londres; II Salão de Arte Contemporânea Paulista - MASP - São Paulo (1970); Everyman Foyer - Hampstead - Londres; Hampstead Artist´s Council - Camden Arts Center - Londres; Feira da Gravura - A Galeria - São Paulo; Royal Academy Summer Exhibition, Londres (1971); Erica Bourne Gallery, Londres; Instituto Brasil Estados Unidos, Rio de Janeiro; Royal Academy Summer Exhibition, Londres.



Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais na Europa, Estados Unidos, Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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