Marco da Paz: uma ideia que nasceu na mente de um garoto de oito anos Idealizado por Gaetano Brancati Luigi, o "Marco da Paz" que será inaugurado neste domingo, 10/3, no espaço do Museu da Escultura ao Ar Livre nos jardins da Assembleia Legislativa é uma contribuição inestimável a um dos desejos mais profundos do coração humano: a paz. Nessa ordem de ideias, um passo ímpar e singelo nos é oferecido pela Associação Comercial de São Paulo, ao criar o Marco da Paz e procurando, a partir do Brasil, para que seja instalado nos mais longínquos rincões do Mundo. Um incentivo à cultura da Paz Único no gênero no mundo, o "Marco da Paz" é um monumento símbolo que pretende, sobretudo, inspirar na Humanidade a importância da Cultura da Paz, para que, as futuras gerações possam tê-la como uma realidade na busca de um mundo melhor. Sua realização em 1999, contou com o apoio da Associação Comercial de São Paulo e incentivou seu idealizador Gaetano Brancati Luigi a divulgar a iniciativa nos quatro cantos do mundo, afim de que, tanto sua essência quanto sua mensagem de Paz e Fraternidade, possam existir entre os povos. Instalado a partir de 25 de dezembro do ano 2000, no Páteo do Colégio, berço de São Paulo de Piratininga, o primeiro Marco da Paz, é visitado diariamente por crianças, estudantes de todas as idades e turistas do mundo inteiro. Ao falar do Marco da Paz, Gaetano Brancati Luigi se emociona sempre e relaciona de imediato a sua concretização à Associação Comercial de São Paulo, afirmando categoricamente: "Não tenho dúvida que o sonho acalentado durante 55 anos só se tornou realidade por eu fazer parte de uma grande entidade, que representa para mim uma verdadeira faculdade da vida". E ressalta: "Paz é uma palavra curta, forte, poderosa e necessária. Cada ser humano pode trazê-la consigo na mente e no coração. Sem dúvida, é condição essencial para encontrarmos o verdadeiro caminho da vida". Gaetano Brancati Luigi, o artista idealizador A 2ª Guerra Mundial transformara a Europa em um cenário de fome, pavor, medo e insegurança, fazendo com que os homens deixassem seus lares, suas famílias, para atender ao chamado dos exércitos. Em meio a esse panorama cresceu o pequeno Gaetano Brancati, uma criança triste, com medo de crescer. Na aldeia em que vivia, o barulho aterrorizante dos aviões que passavam bombardeando lembrava a todo instante que a paz ainda não existia. Certo dia, o ruído dos motores deu lugar ao toque alegre dos sinos. Num primeiro momento, assustou-se e subitamente percebeu que o grito das pessoas correndo em direção à Praça do Povo na pequena Orsomarso, província de Cosenza, era de alegria pois terminava a guerra com a capitulação do nazismo. O Garotinho chorou de emoção, sem entender muito bem o que acontecia. No meio da multidão, sentiu que naquele momento os anjos estavam presentes anunciando a paz. A música produzida pelos sinos, marcou profundamente a memória de Gaetano. Aos 12 anos. embarcou em Gênova para Argentina onde chegou em janeiro de 1949. Por volta de 1962, Gaetano Brancati fez constantes viagens ao Brasil até que, em 1970, definitivamente aqui radicou-se com sua família. Um sonho que se tornou realidade Embora exerça atualmente o cargo de Assessor Especial da Presidência, seu trabalho como Diretor Pleno e, posteriormente, como Vice-Presidente da ACSP, possibilitou-lhe a realização de seu sonho de paz. Ao admirar o Páteo do Colégio sentia que alguma coisa faltava. Certo dia percebeu, que o sino da Igreja de Anchieta nunca tocava. Isto fez com que a lembrança que tinha ficado gravada na mente do menino de 8 anos com as badaladas do sino no final da 2ª Guerra Mundial, se tornasse uma marca constante em seus sonhos. Ao procurar o jesuíta José Fernandes, diretor do Páteo do Colégio, entristecido, soube que o sino da Igreja havia sido roubado, há muitos anos. Naquele instante, Luigi fez uma promessa a si e ao padre de que faria tudo o que pudesse para conseguir um novo sino. Procurou a Fundição de Sinos Crespi que imediatamente, em conjunto com a Associação Comercial de São Paulo, se prontificou a ajudar e em tempo recorde o sino ficou pronto. Na instalação do sino, olhando para a torre da igreja teve uma visão, sabia que chegara o momento de tornar realidade um sonho guardado durante 55 anos: a criação de um símbolo que levasse a mensagem de paz ao mundo. Foi assim que nasceu o Marco da Paz. Além do padre José Fernandes e do senhor Osvaldo Marchesi, colaborou na ideia, o Engenheiro Pedro Mascagni Brondi, que baseado nos rascunhos de Luigi, realizou a planta e a construção do primeiro Marco da Paz, exatamente no Páteo do Colégio. Hoje o Marco da Paz é uma realidade atravessando fronteiras, transformando-se até em troféu de Jogos Olímpicos. Um Embaixador voluntário pela paz João Bico é um empresário paulista, que se engajou em um projeto que visa a Paz Mundial, tornando-se parceiro de uma grande causa liderada pela Associação Comercial de São Paulo e idealizada por Gaetano Brancati Luigi. A paz A paz é, sobretudo um dom de Deus, cabe aos seres humanos servi-la agindo no que está ao nosso alcance para se desatarem os nós da violência e renunciar ao desejo insaciável de poder. Mostrar os caminhos da paz é o que se espera de todos os homens de boa vontade, sejam eles chefes de estado, políticos, executivos e religiosos de todas as crenças. Que em nossos dias, marcados por frequentes episódios de violência, mostremos os caminhos da paz e da concórdia entre os povos. Que todas as famílias vivam pacificamente e as comunidades encontrem no diálogo o compromisso da paz.