Museu de Arte - Roberval Rodan


12/03/2013 14:00 | Emanuel von Lauenstein Massarani

Compartilhar:

.<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2013/fg122193.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Emanuel von Lauenstein Massarani e Roberval Rodan<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2013/fg122258.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Xilogravura do artista <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2013/fg122259.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Xilogravura do artista <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2013/fg122260.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Roberval Rodan: quando as origens favorecem a criatividade na xilogravura



Segundo diversos pesquisadores, as origens da xilogravura nordestina permanecem pouco conhecidas, acredita-se que teria sido trazida por missionários portugueses que ensinaram a índios e negros sua técnica.



Muito utilizada nas capas de folhetos da literatura de cordel a partir do século XIX, a gravura é talhada em madeira, de onde se obtém ilustrações populares. Muitas vezes era também usada para impressão de rótulos de garrafas, de cachaça e de outros produtos.



Roberval Rodan não nega suas origens nordestinas e, paralelamente às pinturas abstratas, tem se dedicado também à xilogravura realizando sob o tema "O anel de Severino", vinte obras para sua exposição no Espaço Cultural Candido Portinari (Mezanino Hall Monumental) que se encerra no próximo dia 16 de março.



Como ele próprio explica, as matrizes para impressão das ilustrações são talhadas, quase sempre, na madeira da cajazeira, matéria-prima mole, fácil de ser trabalhada e abundante na região Nordeste do Brasil.



A exemplo da maioria dos xilogravuristas, Roberval Rodan utiliza apenas um canivete ou faca doméstica bem amolados e recentemente tem utilizado algumas de suas obras para ilustrar seus próprios folhetos.



A xilogravura ganhou o status de arte, além de projeção nacional e internacional, a partir de 1960 quando intelectuais e pesquisadores passaram a publicar álbuns com gravuras feitas por artistas populares do nosso Nordeste.



É evidente que envolvido pelo ambiente que o viu nascer, Roberval Rodan tem conseguido com sua arte um lugar ao sol.



O Artista



Pintor, publicitário, desenhista, escultor e restaurador, Roberval Rodan, pseudônimo artístico de Roberto Damião do Nascimento, nasceu em Recife, Pernambuco, em 1959.



Mudou-se em 1977 para São Paulo, onde iniciou a sua carreira artística. Nos anos de 1978 e 1979 freqüentou o ateliê de Anita Vinocur. De 1979 a 1980 cursou desenho de modelo ao vivo na Pinacoteca do Estado e de 1980 a 1981 fez um curso de fotografia e artes gráficas na Escola Superior de Propaganda e Marketing. Em 2001 participou do I Encontro Artístico e Cultural de Capoeira no CEF Vicente Ítalo Feola, SP.



Participou de várias exposições coletivas no Brasil e no exterior, entre as quais destacam-se: I Concurso "Alberto Gibran Kalil Gibran", Clube Atlético Monte Líbano, SP; I Salão de Artes Plásticas de Bauru, SP, (1979); IV Salão de Belas Artes de Matão (1980 e 1981); II Encontro de Artistas Plásticos de Paraty, RJ (1981); Academia Paulista de Belas Artes, SP, (1980 e 1981); Salão Ararense de Belas Artes (1984); First Brazilian Contemporary Art Exhibition Tampa, Flórida, EUA, (1986); Exposition d'Art Contemporain, Nice, França; I Grande Premio Internacional Rembrandt, Argentina e Brasil; e XIII Prêmio di Arti per Giovani Artisti, Monza, Itália, (1987); VII Mostra da 1° Maratona Paulista de Artes, Academia Interamericana Belas Artes Árabe-Sírio, SP (1992); I Mostra de Arte do Grande ABC, São Bernardo do Campo, SP; Espaço Cultural Santos Dumont, Ministério da Aeronáutica, Brasília, DF, (1997); Salão de Arte "Darcy Penteado", São Roque, SP, (2003); Espaço Cultural Alberico Rodrigues (2004).



Recebeu inúmeros prêmios, dos quais destacam-se: Medalha de Prata "Espelho de Água", Lisboa, Portugal (1985); Medalha de Prata "Tampa", Flórida, EUA (1986); Menção Honrosa I Grande Premio Internacional Rembrandt (1987).



Está catalogado no Dicionário Artes Plásticas do Brasil - 1987 de Julio Louzada, no Anuário Latino Americano de Arte - 1986 (Argentina), Annuaire de l' Art International 1986-1987 (França).

alesp