Museu de Arte - Fernanda Meireles


18/03/2013 15:22 | Emanuel von Lauenstein Massarani

Compartilhar:

Fernanda Meireles<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2013/fg122630.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Lure II<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-03-2013/fg122631.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Fernanda Meireles: impulsos cinéticos e vitais que alcançam uma palpitante carga emotiva



A arte deve ser entendida como um instrumento libertador das potencialidades vitais e fantásticas que o naturalismo altera e o sistema social tende a sufocar. Em síntese, acredito seja esta a concepção que Fernanda Meirelles tem da experiência artística e assim a vive.



Procurar a pintura em campos visualmente desconhecidos e somente consegui-los através de uma coerência moral com a ciência é uma preocupação da artista Fernanda Meireles. Trata-se de uma pintura lançada a jato que alcança resultados interessantes em suas composições. Mesmo se abandonando a impulsos cinéticos e vitais, a artista consegue organizá-los e estruturá-los até conseguir uma palpitante carga emotiva.



Para uma compreensão mais profunda e completa da artista devemos entender que o seu pintar impulsivo é determinado pela vida sempre mais frenética e convulsa do ritmo que o ser humano de nossos dias imprime ao seu cotidiano. Tudo se torna um fato essencial à sua realização para quem também o cromatismo não pode absorver uma especifica função de alcance ao dinamismo vital.



Por meio de um processo de iluminação interior, Fernanda Meireles alcança a medida e o ritmo da sua abstração. Suas obras recentes, onde a fantasia domina soberana, num contexto de matéria, de espírito e de intuição de dados irreais a artista alcança uma liberação interior e integra na arte as próprias forças do pensamento e da natureza.



A pintura de Fernanda Meirelles se baseia na contínua pesquisa da cor e de espaços que interagem entre si numa continua fusão entre ciência e intuição artística.



Em "Lure II", obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, é evidente que a artista elabora suas criações com acordes cromáticos intensos que encontram equilíbrio através de equivalências distribuídas entre sombras e reflexos.



A Artista



Fernanda Meirelles é natural de São Paulo, onde demonstrou talento para as artes ainda muito jovem, incentivada por uma tia que tinha uma visão crítica e muito carinho pela menina.



Estudou com Jacob Klintowitz, "Novos Ícones das Artes do Início do século 20"; Jaime Yesquenlurita, desenho e pintura modernos; Augusto Medes da Silva, pintura Cclássica e retratos; Escola Panamericana de Arte, criação e ilustração; Flora Del Gallo, aquarela e desenho, para citar alguns.



Após conhecer as diversas tendências de pintura identificou-se com as obras de Manabu Mabe, Tomie Ohtake e Fukushima. Sua arte viajou pelo mundo: do Brasil para a Alemanha, do México para a França, do Uruguai para os Estados Unidos. Atualmente mora em Sunny Isles, Florida, USA, onde tem seu atelier e durante quatro anos administrou sua propria galeria participando ativamente da vida cultural local. Colabora mensalmente com textos sobre História da Arte, para Florida Review.



Foi premiada este ano na mostra realizada no Castelo Sangallo, em Nettuno, Roma, Itália e possui obras em diversas coleções particulares e oficiais em vários países do mundo e no Brasil no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp