Pedro Guedes: ideal interpretação da realidade através de um cenário poético



A arte "e esta é uma afirmação corriqueira" procura constantemente o belo, isto é, aquela harmonia que é síntese de alegria e dor, de luzes e sobra, de real e fantástico. A arte de Pedro Guedes renova alguns esquemas neoclássicos com uma nova sensibilidade e com motivações surrealistas.



Trata-se de um pintor que ama impor à realidade uma própria e ideal interpretação, repleta de uma doce e uma delicada harmonia, valorizada sobre tudo por sua invejável perfeição técnica. A cor é luz e desenho e é indissolúvel a relação entre eles, como é objetivamente inegável relevar o clima quieta e tenra poesia que emana de sua pintura.



O mesmo discurso deve ser estendido às suas figuras que, no fascínio as vezes inquietante que atraem, são verdadeiras e reais onde o contraste cromático e o desenvolvimento da composição se fundem dando lugar a resultados surpreendentes.



Sua pintura é capaz de propor, através de formas estilísticas, discursos novos modelados sobre uma nova sociedade sempre atenta a soluções criticas colocadas em alto nível. O artista sabe dar um valor vital e homogêneo para a gama de cores com um oportuno tonalismo, exaltando as funções dessas qualidades como o uso de uma matéria densa e compacta.



Na obra "Nu deitado", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a figura feminina, solidamente construída com diligencia, mas, sobretudo com paixão, repousa envolvida num cenário poético de um interior e uma paisagem.





O artista



Pedro Guedes, pseudônimo artístico de Pedro Marcos Ramos Guedes, nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 1965, e sua primeira exposição foi em 1992 em Volta Redonda, RJ, no Grêmio Artístico e Cultural Edmundo Macêdo Soares e Silva, a partir daí participou das seguintes mostras coletivas e individuais: VI, VII e X Salão Primaveril, Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras, Juiz de Fora, MG (1992, 1993 e 1995); Espaço de Arte Miramar, Camboriú, SC; "Olhar Minas Gerais", Espaço Cultural Banespa, Juiz de Fora, MG; "Primavera", Espaço Cultural Marambaia Cassino Hotel, Camboriú, SC; Espaço Cultural Galeria Carpe Diem, Juiz de Fora, MG (1996); VI e VII Salão de Artes Plásticas da Escola de Especialistas da Aeronáutica, "VI e VII EXPOAER", Guaratinguetá, SP (1998 e 1999); "Brasil 500 Anos", painel de azulejos, Sociedade Portuguesa, Juiz de Fora, MG; VII e VIII Salão de Educadores Pintores, Secretaria Estadual de Educação do Estado de Minas Gerais; "Terra Brasilis, Terra Papagali", Espaço Cultural da Universidade Federal de Juiz de Fora, MG (2000); 1°, 2° e 3º Salão da Marinha, Juiz de Fora, MG (2002); "Exposição Memória Involuntária", Espaço Cultural da Universidade Federal de Juiz de Fora, MG; IV Salão de Natureza Morta, Juiz de Fora, MG; XVIII Salão Primaveril, Juiz de Fora, MG; VII Salão Brasil Arte, com apoio cultural da Academia Brasileira de Belas Artes, RJ; "Cem Pratas da Arte II", Universidade Federal de Juiz de Fora, MG (2002 e 2003); 5º Salão de Natureza Morta, Juiz de Fora, MG; 53º e 54º Salão da Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras, Juiz de Fora, MG; "Universidarte", Universidade Estácio de Sá, Juiz de Fora, MG; VIII Salão Brasil Arte, Academia Brasileira de Belas Artes, Museu Militar Conde de Linhares, RJ; X Salão de Artes Saint Germain, SP; XIX Salão Primaveril da , Juiz de Fora, MG; VIII Concurso de Artes Plásticas "Arte In Forma", Galeria Mali Villas-Bôas, Organização Paulista de Arte, SP (2004); VI Salão de Natureza Morta da , Juiz de Fora, MG; "Chita com Fuxico", Galeria Mali Villas-Bôas, SP; "O Surrealismo por Pedro Guedes", Galeria Banco do Brasil, Juiz de Fora, MG (2004) e SESC Santa Luzia, RJ (2005). Recebeu inúmeros prêmios e honrarias e suas obras encontram-se em coleções particulares e oficiais de Minas Gerais e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.