Museu de Arte - Adélio Sarro

"A Família" escultura criada por Adélio Sarro está sendo instalada nos jardins do Legislativo
24/04/2013 14:01 | Emanuel von Lauenstein Massarani

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 Samuel Moreira recebendo em seu gabinete o escultor Sarro, que se fez acompanhar por Itamar Borges e Emanuel von Lauenstein Massarani<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2013/fg124106.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Adélio Sarro dando início as obras de instalação da escultura" A Família" sob os olhares de Itamar Borges e do Superintendente do Patrimônio Cultural.<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2013/fg124108.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> A Família<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2013/fg124109.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Desde ontem de manhã, o consagrado escultor Adélio Sarro iniciou a instalação nos jardins do Palácio 9 de Julho da sua mais recente obra sobre o tema "A Família", especialmente criada para o Museu da Escultura ao Ar Livre, da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Trata-se de uma obra em cimento de quatro metros de altura sobre uma base de um metro quadrado que está sendo colocada próximo à entrada oficial do Legislativo.

Acompanhado do deputado Itamar Borges e do superintendente do Patrimônio Cultural, Emanuel von Lauenstein Massarani, o artista foi recebido pelo presidente da Assembleia, deputado Samuel Moreira com quem teve oportunidade de detalhar suas andanças pelo mundo representando a arte brasileira.

A inauguração da monumental escultura está prevista em meados de maio próximo com uma solenidade especial.



"A Família"



A temática em Sarro é sempre um aprofundamento ideológico. O artista é levado a uma busca "filosófica" de seus personagens, na maioria homens do campo.

Como o próprio artista, os personagens que cria não esboçam sorrisos, mas não são propriamente tristes, pois transmitem uma profunda doçura que encontramos impregnada em seus rostos.

Para Sarro, a poesia tem sua base na terra e no ser humano. Por isso é sintomática a importância que tem sua infância em Dracena para sua formação e, portanto, para sua arte.

As mãos e os pés desses personagens, que se tornam quase símbolo da existência de seus conterrâneos, constituem um emblema. O artista confia às imagens vigorosas e verdadeiras desses seres uma representação épica e popular, que tem o odor da terra e dos locais de trabalho.

O equilíbrio da diversidade na obra escultural de Sarro encontra de fato o mais completo resultado na realidade e em particular na força de suas figuras. A cor aplicada a sua obra, não será somente um aparato determinado pela emoção interior, mas sobretudo uma conotação exterior-interior da dimensão humana.

"A família", obra doada ao acervo do Museu da Escultura ao Ar Livre, demonstra mais uma vez a autenticidade do artista e sua unidade integral como ansiedade de uma correspondência absoluta entre os valores morais e a forma, a vida e as imagens.



O artista



Sarro, pseudônimo artístico de Adélio Sarro Sobrinho, nasceu em Andradina em 1950, filho de imigrantes de origem italiana e portuguesa. Desde a mais tenra idade manifestou seus dons para as artes. É pintor, escultor e vitralista.

Dos 9 aos 14 anos ajudou seu pai na lavoura, após o que, com a intenção de se tornar religioso, frequentou o Seminário Seráphico São Fidelis, em Piracicaba. Entretanto, suas inclinações artísticas foram mais fortes e, abandonando a ideia inicial, passou a se dedicar às artes, influenciado por uma visita que fez ao Museu Portinari, em Brodowski.



Sua trajetória iniciada na praça da República, em São Paulo, teve sequência através das exposições que realizou em renomadas galerias dos Estados Unidos, Japão, Austrália, Itália, Alemanha, Suíça, Bélgica, Noruega, entre outros, que o tornaram rapidamente conhecido pelo mundo todo.

Foi catalogado no Annual Report of Art International, de Julio Louzada, no Latin American Annual Report, no Art and Culture World Economic Forum de Davos (1999) e em Italia Brasil - Arte 2005, pela Galeria Spazio Surreale e o Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico no Estado de São Paulo.

Três livros já foram dedicados ao artista: "11 caminhos" (1987), "Retrospectiva Sarro, 20 Anos" (1992), "Sarro, o brasileiro global", de André Parinaud (2001). O livro "Pensamentos, formas e cores" foi lançado por ocasião da abertura de sua exposição no Espaço Cultural V Centenário na Assembleia Legislativa. Possui obras em diversas coleções particulares, oficiais, no Brasil, no exterior e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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