Foi realizado nesta segunda-feira, 29/4, véspera do Dia Nacional da Mulher, no auditório Teotônio Vilela, comemoração pelos 26 anos do Espaço Para a Mulher, que abrange as mídias impressas e virtuais em prol da valorização de atos em benefício à sociedade, destacando acontecimentos, ações de poderes políticos, sociais e mulheres em lideranças do Brasil. O evento teve a participação de profissionais de diversas áreas falando sobre suas experiências e visões do estado atual dos direitos de gênero. Elisabeth Mariano, diretora presidente do instituto Espaço Mulher, jornalista, radialista, editora, apresentadora de tevê contou as lutas do Espaço e agradeceu aos obstáculos que lhe impuseram ao decorrer de sua jornada, pois a ajudaram a manter a garra. Milton da Silva Angelo, advogado da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP, disse duvidar do que seja democracia. "Um país realmente democrático não deveria necessitar de lei Maria da Penha e de Comissão de Direitos Humanos." Arnaldo Ribeiro, integrante do Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo, alertou sobre o olhar diferente que a mulher tem e que interfere na educação de seus alunos. O evento teve a participação do médico cardiologista Adriano Henrique Pereira Barbosa, que falou sobre o coração da mulher. Deu informações que apontam o infarto agudo do miocárdio como um dos principais fatores de morte da mulher no Estado de São Paulo. Alertou que o tabagismo aumenta as chances da doença em até seis vezes e informou sobre a Síndrome do Coração Partido, patologia decorrente de estresse emocional. Ingrid Leão, coordenadora do Comitê da América Latina e do Caribe em defesa dos direitos da mulher, mostrou um documentário em que é exibida a história e a experiência da lei Maria da Penha. "Já passamos do período de lutar para dizer que homens e mulheres são iguais perante a lei. Agora estamos na fase de implementação." Membro do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Vera Lúcia Machado falou da importância da Marcha Mundial da Mulher. Destacou a busca pela quebra do estereótipo feminino sempre ligado ao dócil, submisso e responsável pelas tarefas domésticas. Mais informações no site www.espacomulher.com.br