Museu de Arte - Elvio Becheroni
30/04/2013 14:00 | Emanuel von Lauenstein Massarani



A relação entre o homem e a natureza foi sempre uma obsessão à qual o escultor Elvio Becheroni se engajou com vigor. A madeira foi também a matéria-prima com que o artista melhor se identificou. Ele construía suas formas compactas ou curvas - muitas vezes perfuradas - de maneira a que provocassem uma reação palpável das mais agradáveis.
Em razão de seu amor pela natureza sua obra pertence ao mundo da ordem e do equilíbrio - entretanto, sob seu aspecto límpido, ela é marcada, dentro da maior simplicidade, por nosso tempo e por nossa vida.
Elvio Becheroni foi um dos raros artistas que seguiram, de maneira rigorosa e também lógica, o caminho que o levou à abstração. Foi essa escolha que valorizou a riqueza e a diversidade de seu conteúdo, condensados na perfeição da própria forma.
Base de sua inspiração, o escultor ítalo-brasileiro não admitia renunciar a despender suas energias, tão necessárias, no corte direto da madeira. Não há dúvida que o grande valor de sua obra se deve ao fato de que foi capaz, por meio de suas formas e sua técnica, de trazer à tona o mistério da vida, escondido no interior da própria madeira, a seu turno, majestosa, ameaçadora, dramática ou exótica.
A firmeza equilibrada, a clareza e a harmonia de suas criações nos transmitem magia e misticismo. Sua abstração nos oferece um estilo que não designa a riqueza e a diversidade de seu conteúdo, mas se condensa na perfeição tangível de uma forma que consegue purificar a luz. Isso nos permite participar do milagre que se produz cada vez que a luz exterior se muda numa luminosidade que não conhece nem "exterior" nem "interior". Entretanto, vale relembrar que no século XIII a teoria estética da luz pregava que essa emanava de duas fontes: a consciência e o mundo exterior.
O sentido da simplicidade é uma constante, paralelamente a um equilíbrio natural e orgânico. Sua obra possui, ainda, a grande qualidade de lançar um grito de alerta contra a ameaça sombria que paira sobre a natureza no Brasil e no mundo.
Tanto na obra em bronze "Árvore da Abundância", doada pela família Becheroni ao Museu da Escultura ao Ar Livre, quanto na obra em madeira "Árvore do Conhecimento" do acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, estão evidentes clareza, harmonia e firmeza equilibradas que constituem a característica marcante de suas criações.
O Artista
Elvio Becheroni nasceu em Florença (Itália) em 1934. Viveu e trabalhou em Milão (Itália), São Paulo e Southfield (Detroit - Estados Unidos). Começou sua atividade artística em 1962. Instalou-se no Brasil desde 1980. Faleceu em 2000, em São Paulo.
Suas pesquisas artísticas, além da escultura e da pintura, também foram orientadas para a cerâmica, gravura, jóias, etc., dedicando-se profissionalmente à arte e expondo nas mais conceituadas galerias de arte italianas e européias. A comissão de críticos do Anuário de Arte Bolaffi/Mondadori da Itália o selecionou como um dos melhores gravuristas em 1971 e 1982; um dos melhores pintores em 1974; um dos melhores escultores em 1982.
Foi correspondente de arte para as revistas "Domenica del Corriere" e "Corriere d" Informazione", realizando extensas reportagens sobre os artistas soviéticos, oficiais e dissidentes. Em suas viagens de estudo além da Europa, esteve nos Estados Unidos, Oriente Médio e na ex-União Soviética.
Convidado pela Prefeitura de Milão, realizou em 1993 uma importante mostra intitulada "Amazônia: Floresta Desencantada", na prestigiosa sede da "Rotonda della Via Besana", naquela cidade. A mesma exposição foi apresentada na França durante o festival de Arte de Saint Gabriel - Normandia -- e, em maio de 1995, no Palmengarten -- Frankfurt.
A partir de 1962, Becheroni expôs nas mais representativas Galerias de Arte , Bienais Internacionais, tanto de escultura quanto de gravura, tendo em reconhecimento recebido vários prêmios e distinções.
Suas obras se encontram em importantes coleções particulares e em famosos museus da Alemanha, Bélgica, Itália, Iugoslávia, Rússia, Estados Unidos, América Latina e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo e no Museu da Escultura ao Ar Livre.
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