Daniel Ryo Shinozaki : imagens evocativas de uma realidade bem pessoal Daniel Ryo Shinozaki é um artista que resume mais do que as formas, os conceitos e é assim que as imagens de suas composições aparentemente desfocadas, estão carregadas de um profundo sopro de misterio Basta este relevo para demonstrar que nos encontramos frente a um autentico artista, embora muito especial. Trata-se de um criador de expressões sutis na sua aérea consistência que exaltam um sentido lírico à realidade. O fervor que ele transmite através de sua criação artistica representa um empenho sério e coerente além de denotar um verdadeiro amor pela arte, o que atribui às suas obras uma validade de efetiva importância. A uma sociedade traumatizada e neurótica, Daniel Ryo Shinozaki repropõe com suas obras, um incentivo e um meio para repensar equilibradamente, uma maneira de reencontrar serenidade e sensibilidade necessárias a construir um mundo melhor, onde o homem possa viver uma condição adapta e normal para um eficaz desenvolvimento de sua personalidade. Sua criatividade, longe de ser retrograda e inespressiva, assume uma função de verdadeira ruptura com um mundo decadente, para oferecer, quase como um alerta, uma contribuição de progresso e de elevação à arte pictórica. Na obra "Sem Título", doada pela família ao acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, o artista que muito cedo nos deixou, re-evoca, com uma espécie de ansiedade contemplativa, imagens evocativas de uma realidade bem pessoal. O artista Daniel Ryo Shinozaki nasceu na cidade de Presidente Prudente, interior de São Paulo em 08 de maio de 1965 e faleceu no ano de 2010 em São Paulo. Formou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica de São Paulo (1990) e obteve mestrado em multimeios pelo instituto de artes da UNICAMP com a dissertação sobre "O guardador de pessoas". Freqüentou inúmeros cursos de extensão no Centro Universitário Maria Antonia, da USP, Museu Lasar Segall, Museu da Imagem e do Som, Oficinas Culturais Oswald de Andrade, Festival de Inverno de Ouro Preto, Mês internacional da Fotografia no SESC Pompéia, Escola Superior de Propaganda e Marketing, Escola de Comunicações e Arte USP, Iternational Christian University de Tokyo. Pariticipou de inúmeras exposições individuais e coletivas, entre elas: Galeria Fotoptica, SP; Fundação Roberto Marinho, SP (1992); Bienal de Santos, SP; Solar do Barão, Gravura, Curitiba, PR; Galeria Documenta, Desenho, SP; Passo das Artes, Gravura, SP (1993); Museu da Imagem e do Som (1994); Oficina 540, SP (1995); Centro Cultural de São Paulo (1999); IX Salão Paulista de Arte Contemporânea, SP; Casa de Fotografia Fuji, SP (2000) Funarte, SP (2001); Museu Metropolitano de Arte de Curitiba, PR (2003); Galeria de Arte da UNICAMP, Campinas (2002 e 2004); Museu de Comunicação Social, Porto Alegre (2005); Festival de Inverno de Bragança Paulista (2007). Por seu projeto "Foices: Retratos de Agricultores da Zona Rural", recebeu em 1994 o Premio Estimulo pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.