Integrantes da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que lutaram na 2ª Guerra Mundial foram homenageados em sessão solene realizada na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira, 6/5. Dentre as batalhas, a tomada de Monte Castelo, que durou mais de três meses, causou a morte de 458 brasileiros, mas possibilitou o avanço das forças aliadas.

Esses heróis, que representaram milhões de brasileiros naquela guerra, arriscaram a própria vida em defesa da pátria e da liberdade", reconheceu Olimpio. O parlamentar frisou que essa solenidade serve para demonstrar o "apreço, o respeito e a consideração" que as Forças Armadas brasileiras merecem.

O deputado disse que visitou recentemente o Comando Militar da Amazônia e que voltou ainda mais convicto da importância do trabalho do Exército brasileiro. "Tomara Deus que não tenhamos de participar de nenhum combate externo. Mas se isso for necessário, apesar de as autoridades governamentais não reconhecerem nem investirem nas Forças Armadas, o povo pode ter a certeza de que o soldado brasileiro está disposto a investir a própria vida na defesa do Brasil", finalizou Olimpio.

Com discurso rico em detalhes sobre a atuação da FEB, o vereador Paulo Adriano Telhada disse que o Brasil foi o único país da América Latina a enviar tropas durante a Segunda Guerra Mundial. A expedição foi formada por brasileiros de todas as regiões do país e basicamente por reservistas. Disse ainda que após o término da guerra, a FEB foi desmobilizada ainda no continente europeu. Segundo o vereador, o governo ditatorial de Getúlio Vargas temia que as tropas lutassem pela democratização do país. "Eles não tiveram o reconhecimento e a valorização que mereciam", concluiu Telhada.

Dulce Molinari da Silva, viúva do ex-combatente Samuel Silva, leu, emocionada, uma carta que ele lhe deixou antes de partir para a guerra, dizendo que voltaria e que ambos se casariam. Ela lembrou que essa união feliz se encerrou recentemente, em outubro de 2012, com o falecimento dele, mas que valeu a pena esperar a sua volta dos campos de batalha.

Também foram homenageados os ex-combatentes Jairo Junqueira da Silva e Rômulo Flávio França, que receberam diplomas e placas de reconhecimento pelos relevantes serviços prestados à nação brasileira.

A solenidade contou com a presença do subchefe do Estado Maior do Comando Militar do Sudeste, coronel César Augusto Moura; do desembargador Waldir Campos (que representou o presidente do Tribunal de Justiça, Ivan Sartori); do presidente da Associação dos ex-combatentes, João Ferreira de Albuquerque; e de diversos oficiais do Exército Brasileiro.