O Dia Estadual de Prevenção ao Câncer de Mama foi tema da sessão solene conduzida pelo deputado Edson Ferrarini (PTB) nesta segunda-feira, 13/5, na Assembleia Legislativa. No evento, participantes sublinharam a importância do diagnóstico precoce do tumor. "Quem procura acha, e quem acha, cura", declarou Ermantina Ramos, integrante da Unaccam (União e Apoio no Combate ao Câncer de Mama), coordenadora de curso de capacitação de voluntários na Assembleia Legislativa, realizado às segundas-feiras, no plenário José Bonifácio. Opinião corroborada pelo presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Carlos Alberto Ruiz, que afirmou serem de 95% as chances de cura, se precoce o diagnóstico. O deputado Ferrarini se disse impressionado com a dedicação "religiosa" das voluntárias da Unaccam. "Desde que assisti a uma das aulas desse curso, fiquei encantado com o trabalho e a entrega de corpo e alma das pessoas nessa causa, o que levou-me a colocar meu gabinete inteiramente à disposição". Para Ruiz, "é necessário desconstruir a ideia reinante de morte, dor e mutilação. Há vida após o tratamento", afirmou. O especialista ressaltou a importância do trabalho de divulgação (que não deve se restringir a campanhas), que se deve fazer um rastreamento da doença e não se aguardar passivamente a vinda da mulher ao hospital; e que a mamografia deve ser anual após a mulher atingir 40 anos de idade. A presidente da Unaccam, Maria Eugênia Chiorino Lopez, disse que a entidade já capacitou 650 voluntárias e que 59 municípios paulistas já têm presença dessas agentes. Atualmente, a Unaccam tem como bandeiras, além da conscientização da importância do diagnóstico precoce, a acessibilidade ao atendimento eficiente, bem como ao cumprimento das leis que prevêem a reconstrução imediata (colocação de prótese mamária nos casos em que houver mutilação) e a que estipula o início de tratamento de pacientes com câncer no SUS em um prazo máximo de 60 dias. Pascoal Marracini, diretor do Instituto do Câncer, em sua fala, manifestou preocupação com a regulação para o atendimento dos pacientes. Ele observou que as entidades precisam ser ouvidas para melhorar as normas, visto que o atendimento tem sido muito inferior à demanda. Ele também afirmou que o instituto está à disposição para ajudar no trabalho das voluntárias.