O 1º secretário da Assembleia Legislativa, Enio Tatto (PT), enviou pedido de informação ao diretor-presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Joaquim Lopes da Silva Júnior, para que preste esclarecimento sobre a anunciada cobrança de tarifa dos usuários da integração entre ônibus municipais e trólebus em Diadema.

Enio Tatto lembra que a EMTU anunciou a cobrança de tarifa cheia para baldeação nos terminais Diadema e Piraporinha, no município de Diadema. Gratuita desde 1991, por acordo entre a Prefeitura de Diadema e a EMTU, a integração custaria o valor da passagem de trólebus ou ônibus municipal, hoje em R$ 3,10 e R$ 3,20, respectivamente. O passageiro que utilizar uma conexão terá de desembolsar R$ 12,60 na viagem de ida e volta, caso a empresa adote a medida.

"As cerca de 40 mil pessoas que utilizam todos os dias a integração gratuita com o Corredor ABD, que liga o Grande ABC aos bairros de São Mateus, Jabaquara e Brooklin, na capital, serão penalizadas. Além disso, os moradores de Diadema que saem de um bairro para outro dentro do próprio município e utilizam a baldeação terão que pagar o dobro do que pagam hoje", diz o 1º secretário.

O deputado, então, indaga ao presidente da EMTU qual a situação do atual acordo entre a EMTU e a Prefeitura de Diadema que garante a gratuidade entre ônibus municipais e trólebus e se poderá ser renovado. Caso não haja renovação, pergunta a partir de que data será cobrada a integração nos terminais de Diadema e qual será o valor cobrado dos passageiros.

Para o coordenador do Movimento dos Transportes Unificados de Diadema (Fórum dos Transportes) e ex-vereador de Diadema por quatro mandatos, Antonio Rodrigues, a EMTU insiste em cobrar a tarifa alegando o aumento de custo ao trocar ônibus movidos a óleo diesel por coletivos movimentados por eletricidade. "A cobrança vem na contramão da história dos movimentos de transporte de Diadema. A EMTU declarou guerra contra os usuários de transporte público do município", observou Rodrigues.

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