Audiência debate paralisação na Unesp
12/06/2013 22:26 | Da Redação - Fotos: Marco Cardelino
A Comissão de Educação e Cultura, presidida pelo deputado João Paulo Rillo (PT), atendendo a requerimento do deputado Edinho Silva (PT), realizou, nesta quarta-feira, 12/6, audiência pública para debater a paralisação das atividades por alunos, servidores e professores da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
A iniciativa de Edinho Silva foi motivada pelas reivindicações apresentadas ao parlamentar por uma comissão de alunos de campus de Ourinhos. A greve já atinge 13 dos 24 campi do Estado.
A expansão desordenada da Unesp nos últimos anos foi apontada como um dos principais motivos que levaram aos problemas pelos quais passa a universidade. "Não se pode usar uma universidade para expandir bases eleitorais. Esta mobilização mostra o sucateamento das políticas de manutenção do acesso dos alunos à universidade", declarou Edinho Silva. Segundo o deputado, a discrepância salarial de docentes e servidores demonstra o modelo falimentar que está sendo implementado na Unesp. "Há um comprometimento de orçamento e um endividamento crescentes da Unesp por conta da expansão desordenada empreendida pelo governo do Estado", declarou.
Bolsas de extensão
Marco Gabriel da Silva Cunha, coordenador da mobilização dos alunos, explicou que o estopim para o início do movimento foi o atraso de mais de três meses nas bolsas de projetos de extensão. Além disso, apontou outros problemas, como o fato de não haver restaurantes e moradia nos campi experimentais. "Isso tudo faz parte da utilização da Unesp como palco político. Não vamos mais aceitar isso", afirmou.
O presidente da Associação dos Docentes da Unesp (Adunesp), Antonio Luís Andrade, ressaltou que o número de docentes e servidores em duas décadas, em que houve um aumento expressivo da universidade, permaneceu praticamente inalterado. Além disso, se acumularam perdas salariais significativas. Lembrou que diversas vezes a entidade se fez presente à Assembleia Legislativa, ao longo desses anos, para reivindicar soluções para os problemas que se agravavam, mas nada aconteceu.
Apontou também o fato de que houve a quebra de isonomia entre as três universidades paulistas. "Esses problemas precisam se equalizar imediatamente. Nós, professores, estamos em greve e pretendemos manter o movimento enquanto não forem resolvidos esses impasses", disse.
Principais reivindicações
Representando os servidores da Unesp, Henrique de Barros, destacou as três principais reivindicações da categoria: equiparação entre as universidades, paridade e elaboração de plano de carreira com a participação dos servidores.
Da parte do governo, falou o coordenador de Ensino Superior da Secretaria de Ciência e Tecnologia. "Precisamos ouvi-los para levar à reitoria da universidade suas demandas. Colocamo-nos inteiramente à disposição para levar à Unesp todas as reivindicações aqui levantadas", declarou.
O deputado Carlos Neder (PT) lamentou a ausência de representantes da reitoria da Unesp e sugeriu que seja convocada audiência com o reitor da universidade para a discussão dos problemas apresentados. Propôs, também, a discussão sobre a possibilidade de se instituir uma CPI para apurar tudo o que está acontecendo na Unesp.
"Parabenizo a todos por essa luta. A educação tem de ser prioridade nesse país", finalizou a deputada Lecy Brandão (PCdoB). (DA)
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