Museu de Arte - Letícia Márquez


13/06/2013 14:00 | Emanuel von Lauesntein Massarani

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Letícia Márquez<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2013/fg126592.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> A obra<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2013/fg126593.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Letícia Márquez: dessacralização da imagem através de uma ação quase apocalíptica



Letícia Marquez não é uma simples expectadora e portanto, alguém que relaciona tão somente fatos de crônica mas uma indagadora e como tal seus personagens são colhidos no momento de uma ação apocalíptica e os coloca além da realidade de uma comum conveniência.

Artista preparada e de rara sensibilidade consegue obter, com a utilização de uma escala cromática, tons difundidos, renovadas energias expressivas, atmosferas rarefeitas e as particulares tensões que o tema requer.

Letícia Márquez sabe abstrair e deter o ritmo hábil da composição mesmo se sua temática permanece ligada a uma substância de fatos cujos derivados analógicos se assemelham.

Sua arte baseia-se sobre um momento psíquico e expressivo que no seu contexto colhe o espírito irrequieto da humanidade atual para descobrir a causa que a leva a disparatadas distrações convergindo no calor da dessacralização.

Impondo-se pelo vigor de suas obras, nas quais dá forma a personagens diferenciados onde a realidade e a intuição, deles se desprende, Letícia Márquez soube resistir às insídias e às tentações das fáceis concessões e compromissos.

Na obra "1º Selo da Série Apocalipse 6-1,2," doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, uma serena confiança, um tranqüilo abandono do espírito alimentam aquela fé profunda que seu trabalho analítico representa como uma presença de luz superior.

A artista

Letícia Márquez nasceu em Uberlândia, Minas Gerais, em 1953, graduou-se em Desenho e Artes Plásticas em Ribeirão Preto em 1975, foi professora de artes na Universidade Estadual de Londrina, de 1976 a 1979. Ocupou o cargo de membro do Conselho Municipal de Cultura em Londrina, de 1991 a 1994.

Realizou as seguintes exposições individuais: Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis, 1986; Museu de Arte Contemporânea do Paraná, 1992; Museu Metropolitano de Arte, Curitiba/PR,1993 e 1998; Sala Especial , 56º Salão Paranaense, Museu de Arte Contemporânea do Paraná,1999; Espaço Arte e Cultura, Brasil Telecom, Curitiba, PR, 2002; Aliança francesa, instalações, Londrina, PR, 2002; Ecomuseu, Itaipu, Foz do Iguaçu, 2003; Fundação Eurípedes da Rocha, Espaço Cultural, Marília, SP, 2003; Sala Especial, 7º Salão João Turin de Arte Tridimensional, Curitiba, PR, 2005; "Pena-Ação" Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Porto Alegre e Pelotas RS, 2006; Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis, SC, 2008.

Participou de exposições coletivas no Museu de Arte de Himeji, Kyoto-Japão, 1989; Panorama da Arte Brasileira/Pintura, MAM/SP 1989 e 1993; Arte Contemporânea Brasileira, Massy, França, 1992; Europ'Art, Genebra, Suíça, 1996.

Recebeu prêmios no Salão Paranaense, MAC, Curitiba/PR,1983 e 1987; 39º Salão de Arte de Pernambuco, Recife/PE, 1986; 5º e 7º Salão de Arte Brasileira, Fundação Mokiti Okada, São Paulo/SP, 1988 e 1992; 7º Salão Paulista de Arte Contemporânea, São Paulo/SP, 1989; 13º Salão Nacional, Rio de Janeiro/RJ, 1993.

Possui obras no Museu de Esculturas ao Ar Livre, Ibiporã/PR, 1990; Capela do Juvenato Marcelino Champagnat, Londrina/PR, 1991; Painel " Sindicato do Comércio Varejista de Londrina, 1995; Escultura " Fachada do Edifício Oscar Fuganti, Londrina/PR, 1998. Escultura no Museu da Escultura ao Ar Livre, Palácio 9 de Julho, São Paulo/SP, 2000 e Torre do Sino da Igreja São Vicente de Paula, Londrina/PR, 2003.

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