Museu de Arte - Mirian Tatsumi


17/06/2013 14:00 | Emanuel von Lauesntein Massarani

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Recanto da Paz<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2013/fg126733.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Mirian Tatsumi<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2013/fg126734.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Mirian Tatsumi: primitivismo romântico e lirismo primaveril através da oshibana

Mirian Tatsumi compreendeu bem as possibilidades que a oshibana lhe oferece, pois com o passar dos tempos os estudos dessa arte evoluíram. Suas técnicas foram se aperfeiçoando, a ponto de se chegar à preservação das cores originais das folhas e das flores por um período muito mais longo.

Magistralmente prensadas, suas flores conseguem gerar magníficas paisagens, que constituem um verdadeiro mundo de sonhos, tão almejado pelo ser humano nos momentos de contemplação e meditação.

Toda a realidade tem para Mirian Tatsumi uma voz, uma alma que desperta sob os estímulos do nosso intelecto e nos torna participantes de uma íntima verdade biológica: observando o "itinerário de uma flor", poderemos compreender melhor sua íntima busca romântica.

Com os meios que a oshibana lhe oferece, Mirian consegue evidenciar um discurso pessoal no qual exprime o intenso lirismo das coisas que gravitam em sua alma.

A artista alcançou sua forma expressiva e conseguiu fazer de sua razão pictórica uma linguagem direta. Não se tratando, portanto, de uma proposição, essa expressão é uma técnica de solução ponderada, muitas vezes solucionada por meio da inteligência, de onde obtém excelentes resultados.

Em "Recanto da Paz", obra doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a artista cria, no quadro de um primitivismo romântico, uma paisagem tipicamente brasileira, dentro de uma consistência realística, mas recriada de conformidade com uma sensibilidade repleta de um lirismo primaveril.

A artista

Mirian Tatsumi, pseudônimo artístico de Mirian Sanae Ueda Tatsumi, nasceu em Ribeirão Pires (SP), em 1957. Formou-se em relações públicas na Faculdade de Comunicação Social Anhembi (1978-1981) e trabalhou na Japan Airlines de 1979 a 1992.

Transferiu-se para o Japão, onde viveu durante sete anos, na cidade de Kashiwa-shi, na província de Chiba. Frequentou inicialmente a Escola Fushigi, no Hana Club, e estudou a técnica de oshibana (flores prensadas) sob a orientação da mestra Yamada Shizuka (1997-2000). Retornando ao Brasil, reencontrou-se com Alice Midori Imai, com cujo apoio e incentivo pôde dar continuidade ao conhecimento adquirido na arte do oshibana-e.

Participou de diversas exposições, das quais destacamos: Kashima No Ha Park, na província de Chiba (1998 e 1999); Espaço Cultural da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, São Paulo; Espaço Cultural da Associação de Hokkaido, São Paulo (2003); Centro Cultural da British International School, São Paulo; Espaço Cultural Banco Real, São Paulo; Espaço Cultural Banco Sudameris, São Paulo, e Hiroshima Kenjikai do Brasil (2004).

Suas obras encontram-se em coleções particulares no Japão e no Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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