Conferência sobre esporte e cidadania marca abertura de seminário

Personalidades do meio esportivo foram homenageadas
17/06/2013 22:40 | Da Redação Fotos: Roberto Navarro

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 Luiz Claudio Marcolino, líder do PT<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2013/fg126780.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Parlamentares no evento <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2013/fg126781.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Público presente <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2013/fg126782.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O 3º Seminário Esporte, Atividade Física e Saúde, que ao longo desta semana vai reunir militantes da área esportiva em atividades de debate e capacitação profissional, foi aberto nesta segunda-feira, 17/6, em sessão solene realizada no plenário Juscelino Kubitschek, presidida pelo deputado Leandro KLB (PSD), que também dirige a Comissão de Assuntos Desportivos da Casa.

O seminário tem sua realização garantida por resolução de autoria do deputado Enio Tatto (PT). "Quando iniciamos o debate desse tema, pretendíamos que ele se tornasse uma tradição na Casa", reforçou o deputado Luiz Claudio Marcolino, líder do PT. Segundo ele, a o esporte, a atividade física e a saúde sempre foram discutidos de forma isolada, e o seminário cria um dialogo entre essas três áreas.

Também presente ao evento, o deputado federal Vicente Candido (PT/SP) lembrou o período em que o debate sobre políticas esportivas na Assembleia, onde ele exerceu mandato, não obtinha repercussão. Medidas como a criação de fundos municipais e estaduais para o esporte foram tomadas ao longo desse tempo.

O fato de o país sediar dois dos maiores eventos esportivos " Copa do Mundo e Olimpíada " deve levar os brasileiros a refletir sobre o legado que esses jogos deixarão. "Não se trata de ter o estádio mais moderno ou mais bonito. Trata-se de um legado imaterial, uma cultura esportiva que torne a atividade acessível a todos, com integração social e cidadania", definiu Candido.

Importância de recursos para o esporte

Compuseram ainda a mesa da sessão solene o secretário de Esportes da cidade de São Paulo, Celso Jatene, o secretário estadual adjunto Clovis Volpi. Jatene propôs que as pessoas incorporem a atividade física em seu cotidiano. Volpi, por sua vez, destacou o trabalho do governo estadual na implantação de centros de excelência para formação de atletas olímpicos e a destinação de R$ 80 milhões por meio de leis de incentivo ao esporte.

"Muitas vezes o esporte está alijado do Orçamento, recebe uma pequena parcela. Mas estamos conseguindo mostrar a importância de aumentar esses recursos", avaliou Volpi.

Na cerimônia, foram destacadas personalidades do setor, com a entrega de salvas de prata. Henrique Nicolini, membro de honra do Panathlon Internacional, duas vezes presidente da Federação Paulista de Natação e com longa atividade no jornalismo esportivo, destacou um aspecto: o fairplay. "Em um jogo, o que há de mais importante não é o tempo marcado no cronômetro, mas a amizade entre os esportistas", garantiu.

Além dele, foram homenageados José Luiz Ferrarezi, secretário de Esporte de São Bernardo do Campo, e Carlos Eduardo Negrão, diretor da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo.

Esporte é prática educativa

Escritor e conferencista internacional, Rogério de Almeida Freitas proferiu a palestra magna do seminário. "Além dos fenômenos da natureza, há no mundo os fenômenos humanos, que promovem transformações sociais, econômicas e políticas. E na raiz de cada transformação está a expressão de cidadania de cada um", afirmou na introdução de seu pronunciamento, que teve como tema Esporte e Cidadania.

Para ele, a atividade esportiva é, dentre as ações humanas, aquela que sempre educa, ainda que sem preocupação formal acadêmica. "O equilíbrio emocional de uma simples pelada faz as crianças aprenderem a ganhar, a perder e a conviver com seu oponente", observou.

Concentração, pânico, fuga, medo, raiva, perseguição e prazer são sete mecanismos psicológicos que marcam o sistema emocional e que permitem ao ser humano tanto fazer a guerra como jogar uma partida de futebol. "Aceitar a derrota sem pensar em matar seu oponente, que é o que acontece no jogo, é uma marca da evolução humana", avaliou Freitas

Ele criticou o fato de, desde 1996, a educação física ter sido banida do currículo escolar sem que houvesse reação contra essa medida. "Que tipo de cidadãos somos nós? Como aceitamos isso passivamente, e continuamos nessa zona de conforto em que estamos estacionados?", provocou.

O ativista contra o racismo Martin Luther King e o pacifista Mahatma Gandhi expressaram sua cidadania em lutas que tiveram alcance mundial, lembrou Freitas. "Refletir sobre o valor da prática esportiva seria mais simples do que aquilo que esses dois fizeram", concluiu o conferencista. (MLF)

alesp