"Foi uma bela manifestação, com a participação de muitas pessoas, escolas, famílias e de 40 entidades ligadas à defesa do meio ambiente", disse o 1º secretário da Assembleia Legislativa, deputado Enio Tatto (PT), sobre a 8ª edição do Abraço à Guarapiranga, realizado no último domingo, 16/6, na zona sul da capital. Conforme o 1º secretário, o Abraço visa chamar a atenção para a necessidade de preservação dos mananciais de São Paulo, responsável pelo abastecimento de água para 4 milhões de pessoas. Ele é um dos incentivadores da iniciativa desde a primeira edição. As atividades deste ano envolveram um passeio ciclístico, o plantio de mudas e oficinas ambientais, como de limpeza da água e de ensino da arte milenar japonesa de montagem de arranjos de flores. Um cortejo musical acompanhou o abraço dos participantes à represa. "Percebo que a cada ano aumenta a participação e a conscientização das pessoas. Este foi o oitavo Abraço à Guarapiranga, que começou em 2006 " ano do centenário da represa. O objetivo do Abraço é conscientizar, mobilizar e reivindicar para que o poder público invista na recuperação dos mananciais da região", comentou. Em função dessas mobilizações, segundo Enio Tatto, percebe-se uma lenta recuperação do manancial. "Precisamos recuperar nossa água porque água é vida. A represa vem, de forma lenta, se recuperando. Hoje está um pouco mais limpa", acrescentou. O 1º secretário, entretanto, defende que o governo do Estado e a Sabesp invistam mais em coleta e tratamento de esgotos. "Não podemos mais permitir que se jogue nos rios Pinheiros e Tietê e nas represas Guarapiranga e Billings esgotos sem tratamento, para que um dia possamos ver esses mananciais totalmente limpos, despoluídos", defendeu. Além das mobilizações dos abraços à Guarapiranga, como forma de pressão da população, Enio Tatto lembra que Assembleia Legislativa aprovou duas leis importantes que já estão surtindo efeitos. São as leis específicas da Guarapiranga e da Billings. "Hoje o Estado e a população sabem o que devem e o que não devem fazer na região, em termos de investimentos. Leis existem. O que é preciso agora é o Estado fiscalizar e as prefeituras se adaptarem às leis para termos coleta e tratamento de esgoto e fazer a urbanização adequada para que nossos mananciais sejam recuperados", concluiu." etatto@al.sp.gov.br