Museu de Arte - 9 de Julho: completa 60 anos o Obelisco aos Heróis de 32 de Galileo Emendabili




Concluído em 1953, às vésperas do IV Centenário de São Paulo mas inaugurado oficialmente em 9 de julho de 1955, o Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, de autoria do célebre escultor italiano Galileo Emendabili ergue-se majestoso em frente ao Ibirapuera e ao lado do Palácio 9 de Julho, sede do Legislativo Paulista.
O Mausoléu que guarda inicialmente os despojos dos estudantes Miragaia, Martins, Dráuzio, Camargo e Paulo Virginio, considerados os primeiros heróis de 1932, acolhe hoje mais de 800 ex-combatentes da Revolução Constitucionalista.
Alguns anos antes do falecimento do autor do projeto, seu neto Paulo Emendabili Carvalhosa reuniu alguns pormenores curiosos sobre o monumento cuja mística reside na simbologia, toda ela representada pelo número 9, data máxima da Revolução.
Vale lembrar que nove são os degraus que conduzem à cripta do Monumento; a altura do Obelisco da base até o topo é de 72 metros (7+2 =9) e da cripta até o topo a distância é de 81 metros (8+1=9, além do que 81 é o quadrado de 9). Se fizermos à soma aritmética desses valores (72 e 81) teremos 7+2+8+1=18 (1+8=9).
Por outro lado, cada face do monumento está orientada para os quatro pontos cardeais e cada uma delas com suas respectivas esculturas em alto relevo representa cem anos da história de São Paulo.
A praça onde emerge o monumento em frente ao parque do Ibirapuera simboliza um coração, coração na terra que no seu interior abriga a cripta em forma de cruz grega sustentada por arcos que lembram as tradicionais arcadas da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, berço do Movimento de 32.
Foi por esta razão, explica em seus relatos Paulo Emendabili Carvalhosa, que o escultor concedeu a iluminação da cripta do monumento vinda do chão, como a lembrar a luz dos mortos vinda da terra.
"São três as portas de bronze que conduzem do exterior do monumento ao interior da cripta e vale ressaltar que todas elas abrem-se para o exterior, para o mundo, tal como os portais do cemitério da velha Europa, terra natal de meu avô."
Bem no centro da cruz localiza-se o túmulo com a estátua em mármore do Soldado Desconhecido que repousa sobre um bloco maciço com os nomes escritos dos primeiros caídos pela Revolução.
Esse bloco de mármore por sua vez está sobre uma bandeira paulista em preto e vermelho, que obviamente não se vê e sob ela estão depositados os restos mortais de Miragaia, Martins, Drauzio, Camargo, além de Paulo Virgínio.
É de se salientar ainda que a base do Obelisco cai a prumo sobre o centro da cruz e, portanto, o Soldado em mármores está no centro tanto da cruz quanto da circunferência traçada imaginariamente pela própria base do Obelisco.
Galileo Emendabili costumava detalhar que: "O Soldado em mármore vela por seus Heróis, por sua Bandeira e pela Constituição, motivo principal da epopéia de 1932. Seu olhar fixa a base do Obelisco, que internamente tem a forma de um obus de canhão situado em nível superior. Suas paredes são incrustadas de mosaicos representativos da história de São Paulo e com duas portas de bronze que se abrem de fora para dentro com esculturas que contam a epopéia revolucionária; estas portas são voltadas uma para a avenida 23 de Maio e outra para o parque do Ibirapuera em cuja frente pontifica a estátua de Ibrahim Nobre, o grande tribuno da Revolução.
Paulo Emendabili Carvalhosa lembra com emoção em suas narrativas que "Galileo Emendabili quis ainda que o Obelisco representasse internamente um canhão a ser acionado pelo herói no caso de violação à Constituição, enquanto externamente representa a lâmina de uma espada que atravessa o coração de São Paulo, acolhendo os filhos mortos em terra paulista por tão nobre causa".
O poema de Guilherme de Almeida
nas quatro faces do Obelisco
O Mausoléu ostenta em suas quatro faces inscrições acompanhadas de ícones, com os seguintes textos:
"Aos épicos de julho de 32, que,
fiéis cumpridores da sagrada promessa
feita a seus maiores - os que
moveram as terras e as gentes por
sua força e fé - na lei puseram sua
força e em São Paulo sua Fé."
Outra inscrição de Guilherme de Almeida encontra-se à base do monumento voltada para o Parque:
"Viveram pouco para morrer bem
morreram jovens para viver sempre."
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