Emílio Ribas vai sofrer reformas para continuar sendo referência em infectologia

Ambulatório, que atende 11 mil pacientes, foi tolatmente modernizado ao custo de R$ 5 milhões
26/07/2013 18:32 | Da Redação - Joel Melo - Foto: José Antonio Teixeira

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David Uip<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-07-2013/fg127901.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Sede da administração do Instituto Emílio Ribas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-07-2013/fg127904.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O hospital Emílio Ribas completará 134 anos de existência e foi criado para atender, inicialmente, a variolosos e, a partir da ampliação que sofreu em 1894, a enfrentar epidemias de doenças infecciosas, como febre amarela, tifo etc.

Para falar da reforma que foi aprovada pelo Poder Executivo, o diretor técnico do instituto de infectologia, David Uip, recebeu a reportagem do Diário Oficial nesta sexta-feira, 26/7, e discorreu sobre o que já foi e o que será feito nos próximos dois anos no sentido de manter o Emílio Ribas como um centro de pesquisa e referência em infectologia reconhecido mundialmente.

Ambulatório de ponta

Citando as diferentes epidemias que o Emílio Ribas enfrentou, como Aids e Meningites, David Uip reconheceu, entretanto, que hoje o hospital está envelhecido. A reforma, disse, começou no ambulatório. Consumiu praticamente R$ 5 milhões e resultou em um ambulatório "extremamente adequado, que atende 11 mil pessoas e é muito bem planejando tecnicamente. Hoje nós temos um ambulatório de ponta", classificou Uip. O número de 11 mil pacientes atendidos, refere-se aos pacientes matriculadas no ambulatório para atendimento, cuja periodicidade depende da situação de cada caso e da doença.

Para a continuidade da reforma, chegou-se à conclusão de que não adiantava apenas arrumar o que estava estragado. "Temos que reformar e restaurar, porque há lugares dentro do Emílio Ribas que são tombados, como esta casa aqui (centro administrativo), que nós não vamos mexer. Tirando esta casa, e o ambulatório que é novo, nós vamos fazer um retrofit (termo utilizado principalmente em engenharia para designar o processo de modernização de equipamento já considerado ultrapassado ou fora de norma, revitalizando e atualizando as construções) no hospital inteiro. Adequar para a modernidade, aumentar o número de leitos e ir em busca do selo verde, que é o hospital correto. Esses são os nossos objetivos."

Fase de discussão dos layouts

Prevendo um investimento de R$ 100 milhões para as fases seguintes, Uip disse que os trabalhos estão na fase de discussão dos layouts. "O plano de massas já foi discutido e aprovado entre nós e pela Secretaria da Saúde, estamos discutindo os layouts para abrir a licitação para o plano executivo e o plano de obras. O objetivo é iniciar essas obras ainda neste ano, ou no começo de 2014 e elas devem durar de dois anos a dois anos e meio", estimou.

Uip disse ainda que há grandes desafios a serem enfrentados: "nós vamos mexer no hospital inteiro, em busca de qualidade e modernidade, com o hospital funcionando. Nós não vamos parar nem o atendimento ambulatorial, nem o atendimento de urgência, nem as internações. Vamos trabalhar com a reforma de dois andares por vez. O objetivo é ter o Emílio Ribas como hospital terciário de alta complexidade para o enfrentamento das doenças infecciosas e parasitárias".

Sobre a estrutura do Emílio Ribas, Uip disse que está montada em três pilares: o ensino, a pesquisa e a assistência. "Para nós, servidores públicos na área da saúde, fica muito claro que quem tem um hospital escola faz ensino e faz pesquisa, requinta a assistência. Seguramente por conta disso os nossos pacientes são mais bem atendidos.

Há também um projeto muito forte no Emílio Ribas de humanização, por que aqui se trata de doenças complexas e de pessoas muito doentes. É um projeto que privilegia o lado humano dos pacientes, além de melhorar e qualificar as condições de trabalho dos profissionais que atuam aqui", finalizou.

alesp