Ao abrir o 3º Seminário de Inserção da Pessoa Idosa no Trabalho Contemporâneo, que ocupou o auditório Franco Montoro, na Assembleia Legislativa, nesta sexta-feira, 9/8, o deputado Luiz Claudio Marcolino, líder do PT e membro da Frente Parlamentar em Defesa dos Idosos, afirmou que é urgente a integração do idoso na sociedade, e que existam políticas públicas voltadas para isso. Promovido pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho do Iamspe e pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde), o seminário reuniu representantes de órgãos governamentais, políticos, estudiosos e representantes sindicais. Integração Rosangela Donizetti, assistente social do Serviço Especializado do Iamspe, afirmou que a preocupação do serviço, coordenado por Macilea Rocha Santos Chaves, é buscar alternativas para apoiar o idoso para que tenha uma vida útil e produtiva. "Muitas vezes só porque a pessoa atinge uma certa idade é vista como alguém que não tem mais a contribuir, o que não é correto. Este é um dos objetivos do seminário, o de trazer à luz esta discussão", afirmou Rosangela. O deputado Marcolino foi enfático ao dizer que não se pode ignorar os idosos nas políticas públicas: "É fundamental que se pense a mobilidade urbana, a saúde, habitação, educação e os serviços públicos dentro da perspectiva de que os idosos são uma parcela significativa da população que precisa ser integrada. A aposentadoria não pode ser um momento de sofrimento, mas de prazer. A pessoa deve ter o direito de ter uma vida plena seja fora do mercado de trabalho ou ocupando um posto profissional", explicitou. Terminando os estudos Para os especialistas presentes ao encontro é necessário se levar em conta que 50% dos aposentados de São Paulo recebem até dois salários míninos e muitas vezes precisam trabalhar para complementar a renda, mas encontram dificuldades, e uma delas é a falta de escolaridade, por isso é necessário criar espaços onde elas possam fazer essa complementação. Outro aspecto que preocupa os especialistas é em relação à violência a que o idoso está exposto, como a violência doméstica. Em quase a totalidade desses casos, o agressor é uma pessoa da família, em geral um filho. As quedas são uma realidade no cotidiano em virtude de dificuldades de locomoção, acessibilidade das calçadas etc. A negligência é outra forma de violência que consiste na omissão ou recusa de serviços ou cuidados por parte dos responsáveis, sejam familiares ou instituições. Serviços de saúde especializados e centros de lazer e artes foram outros pontos abordados, já que, segundo os especialistas, podem contribuir para um envelhecer saudável e digno. (PM)