Estudantes da União das Instituições Educacionais de São Paulo (Uniesp) levaram ao conhecimento do promotor de Justiça do Consumidor, Eduardo Ulian, denúncias relativas ao gerenciamento do Fies e a propaganda enganosa promovidos pela instituição de ensino. Compareceram à reunião de 14/8, além do proponente, deputado Carlos Giannazi (PSOL), os ex-professores da Uniesp Daniela Carolina da Costa e Silva e André Azevedo Kageyama (advogados que hoje representam um grupo de alunos lesados pelas práticas abusivas da faculdade) e as estudantes Camilla Calzone, Daniela de Oliveira, Darlene de Assis, Priscila Pereira e Thamyris de Oliveira. O foco, dessa vez, foi a manipulação do programa de financiamento do ensino superior (Fies) feita pela Uniesp que, segundo os depoimentos, ocorre durante os aditamentos contratuais semestrais para inviabilizar a transferência de alunos a outras instituições, além do programa custar 4 ou 5 vezes mais caro, na média, do que em outras faculdades pesquisadas no mercado. De acordo com os relatos, a Uniesp chega a trocar os nomes das unidades de ensino que a integram usando vários CNPJs para burlar a proibição, à qual está submetida, de contratar novos FIES. Já Giannazi frisou ao promotor os dois pedidos de convocação do reitor da Uniesp, Fernando Costa, à CPI do Ensino Superior Privado e a entrega de um dossiê nas mãos do então ministro da Educação Fernando Haddad em abril de 2011 com inúmeras denúncias. carlosgiannazi@uol.com.br