Audiência pública abordará redução de atendimento no Centrinho de Bauru

Há preocupação com término de convênio, que já dura 23 anos
02/09/2013 20:06 | Da Redação

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Hospiral Centrinho de Bauru<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2013/fg129205.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> .<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-09-2013/fg129210.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa realiza, no dia 3/9, às 14h, audiência pública para debater questões relacionadas ao atendimento no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC/USP), em Bauru, também conhecido como Centrinho. A audiência foi pedida pela deputada Telma de Souza (PT), presidente da comissão.

Segundo a parlamentar, há notícias de que a USP pretende encerrar o convênio de 23 anos entre o Centrinho e a Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Craniofaciais (Funcraf), instituição que presta atendimento aos pacientes. Segundo requerimento de informações da deputada, protocolado em abril deste ano, "o Sindicato dos Trabalhadores da USP denunciou que está havendo o gradual desmonte da equipe da Funcraf, que atua no HRAC/USP, em sua maioria, composta por profissionais especializados e experientes, com dispensas do pessoal terceirizado e, concomitantemente, contratações de outros profissionais diretamente pela Universidade de São Paulo".

A intenção da audiência pública é discutir a situação deste convênio e analisar possibilidades de aproveitamento do corpo de funcionários, que prestam serviços de excelência e também mantém "relação de afetividade com pacientes - em grande parte crianças - e seus familiares".

Referência mundial

O Centrinho, que completou 46 anos de fundação em 2013, é referência mundial no tratamento e reabilitação de anomalias craniofaciais. Realiza uma média anual de 4 mil cirurgias de fissuras labiopalatinas em pacientes de todo o Brasil, e o tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A fissura labiopalatal, popularmente conhecida como lábio leporino, é uma deficiência que atinge um em cada 650 brasileiros e que pode ser tratada e reparada cirurgicamente, amenizando o sofrimento de seus portadores.

O Centrinho também atende a casos de malformações craniofaciais, e oferece tratamento completo na área da audição e da visão subnormal. Na área de deficiência auditiva, o Centrinho mantém programas educativos, com destaque para os programas de implante ou apoio ao implante, entre eles o implante coclear multicanal (ouvido biônico) - prótese de alta tecnologia. Mais informações sobre o Centrinho podem ser obtidas na página www.centrinho.usp.br.

alesp