CPI das Autopeças faz diligências em várias empresas do setor de reposição

Desmanches apresentam níveis de organização que vão do pequeno ferro-velho à escala industrial
01/10/2013 18:00 | Da Redação: Josué Rocha Fotos: Roberto Navarro

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Integrantes da CPI das Autopeças vistoriam empresas de peças automotivas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2013/fg130508.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Clique para ver a imagem " alt="Jooji Hato: "O que é legal deve ser protegido, já o ilegal tem de ser proibido." Clique para ver a imagem "> O foco principal das visitas foi a procedência das peças e o arquivo referente à aquisição dos veículos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2013/fg130510.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Jooji Hato, Osvaldo Vergínio e Ramalho da Construção<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2013/fg130516.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Os deputados Jooji Hato (PMDB), Osvaldo Vergínio (PSD) e Ramalho da Construção (PSDB), integrantes da CPI das Autopeças, vistoriaram na manhã desta terça-feira, 1º/10, empresas que trabalham com reciclagem e produção de peças automotivas similares às originais, conhecidas no mercado como "paralelas". Hato declarou que as diligências têm como objetivo distinguir empresas que trabalham de forma legal das que atuam de forma criminosa. "O que é legal deve ser protegido, já o ilegal tem de ser proibido", concluiu.

Nas visitas aos desmanches, o foco foi a procedência das peças e o arquivo referente à aquisição dos veículos e à venda de suas partes. Na indústria de peças paralelas, os parlamentares questionaram a respeito da regularidade da situação dos funcionários e do tempo de atuação da empresa.

Segurança jurídica

O deputado Vergínio observou que uma regulamentação do setor trará segurança jurídica e tranquilidade para que os fabricantes independentes possam trabalhar, evitando ações judiciais das montadoras de automóveis que culminem em suspensão das atividades e mandados de busca e apreensão. "Essa medida vai favorecer o consumidor e também os empresários", declarou, explicando que as empresas oferecem peças de qualidade a preço menor.

Os parlamentares ponderaram também que uma oferta maior de peças automotivas implica imediata redução nos índices de roubo de veículos. O consenso é que a regulamentação a ser proposta pela CPI favorecerá trabalhadores, consumidores e empresários.

Em outra diligência, no centro de distribuição da indústria Universal Automotive Systems, localizada em Osasco, Ramalho reforçou sua preocupação a respeito da situação dos funcionários e dos procedimentos adotados pela empresa, que produz variados itens de carros nacionais. Ronni Von Machado, gerente de logística, afirmou que a Universal emprega, no cômputo entre a fábrica e o centro de distribuição, quase 500 funcionários, todos registrados. Ao final, o parlamentar agradeceu a explanação apresentada e elogiou a atuação da empresa.

Desmanches: dois níveis de organização

Na JR Revendedora de Peças de Caminhão, localizada junto à avenida Presidente Kennedy, situada numa área de 10 mil m², os parlamentares foram recebidos pelo diretor administrativo da empresa, Arthur Rufino, que os apresentou o procedimento realizado pela revendedora desde a compra do veículo até a estocagem do material, quando fica pronto para revenda. Segundo Rufino, a JR possui um quadro de 140 funcionários (todos com registro em carteira de trabalho), compra e desmonta cerca de mil caminhões por ano; sendo que três quartos de suas vendas destinam-se a pessoas jurídicas do ramo de transportes, indústria ou comércio.

Ainda na parte da manhã, a comitiva de parlamentares e assessores dirigiu-se ao desmanche de autos GL Comércio de Peças Novas e Usadas, na vila Jaguara, zona oeste de São Paulo, ocasião em que observaram, com ressalvas, dada a precariedade do local e registro dos itens, o comércio de peças automotivas. Segundo o funcionário Ricardo, que atendeu os parlamentares, todas as peças são compradas através de leilão e há documentos que comprovam a origem lícita das mesmas.

alesp