Comissão da Verdade ouve ex-líder do sindicato dos condutores

Prisão e tortura aconteceram quando da intervenção em 1975
15/10/2013 21:33 | Da Redação Fotos: Maurício Garcia

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Comissão Estadual da Verdade contou com a presença do ex-sindicalista Firmino Cardoso dos Santos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2013/fg131171.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião recolhe depoimentos do ex-líder do sindicato dos condutores<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2013/fg131172.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> .<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2013/fg131173.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva ouviu nesta terça-feira, 15/10, o depoimento do ex-sindicalista Firmino Cardoso dos Santos. A oitiva foi conduzida pelo deputado Adriano Diogo (PT), presidente da comissão, e pelo coordenador do Subgrupo dos Trabalhadores da Comissão Nacional da Verdade, Sebastião Neto.

Cardoso relatou que, nascido em Sergipe, veio para a cidade paulista de Santo Anastácio em 1945 e transferiu-se para a capital em 1947, ano em que começou a trabalhar como cobrador na Lapa Auto Ônibus. A empresa foi encampada pela CMTC e Cardoso foi promovido a motorista. Ele trabalhou na CMTC até 1981.

Militante do Partido Comunista, Firmino era dirigente do Sindicato dos Condutores de Veículos de São Paulo quando o órgão sofreu intervenção, em 1975. Assim como outros sindicalistas, ele foi preso e levado ao DOI-Codi, onde ficou por cinco dias, sendo depois transferido para o Dops e para o presídio do Hipódromo, na capital paulista.

Ele contou que no DOI-Codi foi torturado. "Eles queriam saber se nós éramos comunistas. Enquanto a gente não confirmava, era cacetada. Como eu não dizia nada, ameaçavam me jogar no rio Tietê", disse.

O período total de prisão foi de seis meses. Posteriormente, Firmino foi absolvido e recuperou seus direitos políticos e sindicais. Voltou ao trabalho, mas nunca mais exerceu atividades no sindicato em que foi vice-presidente e secretário-geral. Firmino Cardoso dos Santos tem 86 anos e disse em seu depoimento que não gosta de relembrar o que aconteceu naquele período.

alesp