Professor José Teixeira dá palestra em reunião da Comissão de Assuntos Desportivos

Trabalhou em 19 clubes, 14 no Brasil e 5 no exterior, e 11 seleções, em várias categorias, e começou sua carreira como técnico em 1958, no São Paulo Futebol Clube.
16/10/2013 19:56 | Da Redação: Joel Melo Fotos: Marco A. Gardelino

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Chico Sardelli, Leandro KLB e José Teixeira ( ao microfone)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2013/fg131291.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Teixeira participa da Comissão de Assuntos Desportivos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2013/fg131292.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A utilização da estatística no futebol, de uma maneira mais elaborada e que não leve em consideração apenas a quantidade de passes, de escanteios, de impedimentos, mas contenha também análises sobre assistências (os passes que se transformam em gol), desarmes, tempo de posse de bola, o famoso "scout" do jogo, pode ter começado com o palestrante desta quarta-feira, 16/10, da Comissão de Assuntos Desportivos, professor José Teixeira.

Convidado para falar sobre as perspectivas do Brasil na Copa de 2014, Teixeira contou um pouco de sua história (o professor tem 50 anos de futebol) e de como utilizou os ensinamentos de técnicos famosos como Vicente Feola, com quem conviveu no São Paulo, na década de 1950, que o aconselhou a pensar no futuro, ou seja, nos garotos da base, e João Carvalhaes, que lhe disse para não torcer por nenhuma equipe a fim de conservar a isenção. O professor lembrou ainda que, quando aluno da Escola de Educação Física, o professor Mário Miranda Rosa o incentivou a fazer anotações sobre os lances do jogo, um mapeamento, como já acontecia no basquete nos EUA, e com esses controles, que ele aos poucos sofisticou, pode perceber características de determinados jogadores ou equipes que lhe eram úteis na hora de orientar os times sob seu comando.

Com 78 anos de idade, Teixeira disse que dificilmente algum clube vai chamá-lo para trabalhar, mas que continua a fazer estatísticas de jogos dos principais campeonatos de futebol mostrados pela TV e que, baseado nesses dados, pode situar as chances que uma determinada equipe de futebol tem em um determinado torneio ou campeonato. Disse também que tudo que tem deve ao futebol e que por isso, sempre que pode, adverte, entre outras coisas, sobre os perigos que o futebol corre quando os clubes, como acontece nos dias de hoje, cobram para que um garoto faça teste, impedindo os mais pobres de mostrarem suas qualidades.

Sobre as possibilidades da equipe brasileira na Copa do Mundo de 2014, Teixeira falou que temos potencial, um bom técnico e que a equipe tem qualidades, mas pelos dados anteriormente apresentados sobre tempo de posse de bola, número de chutões do goleiro e passes errados da seleção brasileira, Teixeira usou muito mais a emoção do que a razão para o otimismo demonstrado.

Compareceram à reunião da Comissão de Assuntos Desportivos os deputados Chico Sardelli (PV), Antonio Mentor (PT) e Edinho Silva (PT). Leandro KLB presidiu a reunião, que foi informal por falta de quórum.

alesp