O caso das adoções ilegais que teriam ocorrido na cidade de Itaquaquecetuba entre os anos 2004-2007 voltou a ser abordado pela Comissão de Diretos Humanos (CDH) da Assembleia Legislativa no dia 23/10. O presidente da comissão, deputado Adriano Diogo (PT), informou que será criado um grupo de trabalho para tratar especificamente do caso, com a finalidade de agilizar os procedimentos e discorreu sobre o andamento das reuniões sobre o caso. "Diante desta situação tão triste que atinge pais e mães de Itaquaquecetuba, e por provocação do presidente Diogo, incumbi a Corregedoria-Geral de Justiça de fazer uma revisão de todos os processos", disse o desembargador Antonio Carlos Malheiros. Ele esclareceu ainda que esse procedimento está sendo levada a cabo pela juíza Maria de Fátima Costa e Silva, que é a única responsável por todos os casos de infância e juventude da corregedoria. Malheiros lamentou a falta de estrutura da Justiça, o que faz com que essa revisão seja um processo lento, pois são muitos volumes a serem analisados à procura de falhas cometidas por juízes de Itaquaquecetuba. O desembargador afirmou ainda que o resultado do trabalho será comunicado à Assembleia Legislativa, à Comissão de Diretos Humanos e também ao Ministério Público, a quem cabe tomar providências legais. As diligências serão repetidas, disse, e terão participação de deputados da CDH. O defensor público Clodoaldo Saguini Júnior, representando a defensora pública-geral Daniela Cembranelli, disse que também está ouvindo as famílias, que tiveram seus direitos violados. Informou que, em data a ser confirmada, mas em final de novembro, haverá uma reunião com os familiares no fórum de Itaquaquecetuba, com a finalidade de "romper essa barreira absurda existente entre as famílias e o Judiciário". Tanto o deputado Adriano Diogo quando o desembargador Malheiros disseram ter interesse em participar desta reunião. Falou em nome das famílias de Itaquaquecetuba o ex-conselheiro tutelar Emanuel Gallo Ingrao. Também estavam presentes os deputados Carlos Bezerra Jr. e Fernando Capez (ambos do PSDB) e Beth Sahão (PT).