Opinião - Câncer: Ações para prevenir, tratar e conscientizar


05/02/2014 17:02 | Ed Thomas*

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As datas de 4 de fevereiro - Dia Mundial do Câncer e 8 de abril - Dia Mundial do Combate ao Câncer têm por objetivos: prevenir, conscientizar, educar e debater sobre o câncer, desafiando ideias, atitudes e comportamentos negativos que perpetuam mitos que causam medo e estigmatizam.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva, falar de câncer é alertar as pessoas da necessidade de busca por detecção precoce e tratamento. "

A prevenção, conforme o Ministério da Saúde, é a maneira mais barata e sustentável de reduzir o impacto global do câncer a longo prazo, pois através dela é possível estabelecer políticas apropriadas para o uso de recursos em programas específicos que venham reduzir o nível de exposição aos fatores de riscos para o câncer e melhorias na capacidade das pessoas adotarem estilos de vida que incentivem uma vida saudável.

A preocupação do INCA reside ao fato de que pesquisa (Estimativas 2014 " Incidência de Câncer no Brasil) estima cerca de 580 mil casos novos da doença para 2014, sendo que os cânceres mais incidentes na população brasileira serão pele não melanoma (182 mil), próstata (69 mil); mama (57 mil); cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil) e estômago (20 mil). Na pesquisa estão relacionados os 19 tipos de câncer mais incidentes, sendo 14 na população masculina e 17 na feminina.

O aumento do número de casos novos é resultado do envelhecimento da população brasileira, mas com tendência de queda de câncer de pulmão, em homens, e de colo do útero, como resultado de longo prazo das ações dos programas nacionais de controle do tabagismo e do câncer do colo do útero.

As atividades de prevenção, detecção precoce e assistência ao doente de câncer devem ser realizadas de maneira descentralizadas, para quando não há condições locais, é através da criação de parcerias, dentro dos estados, entre os estados e, destes, com o gestor federal. Mas, existem as ações municipais, muitas delas realizadas por entidades do Terceiro Setor em busca de ajudar, principalmente, de forma assistencial.

Há muitas barreiras econômicas, sociais e humanitárias, significativas para alcançar o desenvolvimento inclusivo e equitativo das pessoas que possuem a doença ou a sua prevenção. Por isso é preciso garantir acessibilidade a remédios, vacinas, tecnologia, equipamentos, hospitais especializados, profissionais capacitados ao atendimento nas áreas da saúde e do social.

Diante desse contexto é preciso desenvolver nossas ações legislativas para atender essas necessidades, fato esse que venho buscando e cito como exemplo: Tecnologias - O Projeto de Lei n° 586/11, de minha autoria, vai ao encontro da prevenção, quando solicita a disponibilização de atendimento especializado para mulheres com deficiência, por meio de camas especiais para exames ginecológicos e mamógrafos que permitam que a mulher se submeta ao exame sem sair da cadeira de rodas. Assistência Social: Isenção do ICMS no McDia Feliz com recurso destinado, pela Secretaria da Fazenda do Estado e que beneficia todos os anos, desde 2007, 23 entidades e, entre elas, está a Associação de Apoio ao Portador de Câncer de Presidente Prudente; e

Busca por Casa de Apoio junto ao Hospital de Barretos para famílias de pacientes submetidas ao tratamento do município de Rosana. Equipamentos e Infraestrutura " Recursos financeiros para o Hospital do Câncer de Presidente Prudente, na ordem de R$ 500.000,00 (Quinhentos Mil Reais).

O sucesso dos programas de detecção precoce pode ser medido pela redução dos malefícios da doença associada a uma redução no risco de morte. É necessário estar ciente de que não dá para evitar o câncer, mas a implantação de políticas e programas que incentivam a prevenção e direcionem as pessoas a modos de vida mais saudáveis podem ajudar a prevenir o câncer.

*Ed Thomas é deputado estadual pelo PSB

alesp