Integrantes da Guarda Civil Metropolitana de Jacareí, em greve há 75 dias, foram recebidos nesta quinta-feira, 27/2, pelos deputados Carlos Giannazi (PSOL) e Hélio Nishimoto (PSDB). Os guardas reclamam da suspensão do pagamento de salários dos profissionais da categoria devido à greve. André Almeida, guarda civil de Jacareí e membro da comissão que organiza a paralisação, contou que o prefeito Hamilton Ribeiro Mota cortou os salários dos policiais sem a permissão da Justiça. Almeida, que agradeceu o apoio de Giannazi e Nishimoto, também ressalvou que as reivindicações dos guardas são: criação de uma lei orgânica própria para a GCM de Jacareí com estatuto próprio e aposentadoria especial, seguro de vida, aumento de referência e adicional de risco de vida. O guarda também afirmou que o prefeito nunca conversou diretamente com a categoria e que apenas manda secretários para o diálogo. "Ele voltou atrás em um acordo feito entre as partes e está prejudicando muitas famílias. Por isso viemos buscar o apoio dos deputados", disse Almeida. Guardas nas ruas A Prefeitura de Jacareí ganhou via Justiça uma medida cautelar que obriga a Guarda Civil da cidade a ter 30% dos profissionais fora das greves e atuando nas ruas do município. O advogado do sindicato da categoria, Ricardo Harada, defendeu que os trabalhadores estão em atividade, mas que, porém, a Prefeitura de Jacareí tenta convencer o juiz de que a pasta não está cumprindo a ordem. "Temos provas concretas que indicam que mais de 30% estão trabalhando, então, a greve é legal", finalizou Harada. "Estamos fazendo um apelo para que ele pare de ameaçar os guardas civis com processos administrativos", afirmou Giannazi, que defendeu o direito dos profissionais da segurança em se manifestar. O deputado também protocolou um requerimento na CDH convidando o prefeito a explicar as irregularidades contra a GCM.