O secretário José Aníbal, cumprindo obrigação constitucional, prestou contas de sua gestão relativa ao último quadrimestre de 2013 à frente da Secretaria Estadual de Energia, em reunião nesta quarta-feira, 26/3, na Comissão de Infraestrutura, presidida por Alencar Santana (PT). Entre os dados que apresentam uma melhoria nos serviços das empresas fornecedoras de energia, ponto central de sua exposição, Aníbal acusou o governo federal de praticar uma política equivocada na geração e distribuição de energia, criticando a compra de energia, de venda de gás e de manter o preço da gasolina num valor muito baixo, sufocando a Petrobras e impedindo-a de investir segundo o cronograma que a própria estatal estipulou. Os deputados da oposição defenderam a Petrobras e a presidente Dilma, também citada nominalmente nas críticas da bancada de apoio ao governo paulista. O deputado Antonio Mentor (PT) disse que conceitos diferentes produzem resultados diferentes, aludindo às diferenças entre as políticas praticadas em Brasília e em São Paulo. Mentor ainda falou que a Petrobras é uma das cinco maiores petroleiras do mundo e a que apresenta, entre as cinco, o melhor balanço. Desacordo Entre críticas e defesas ao secretário, a comissão presidida por Alencar Santana (PT) discordou fundamentalmente em quase tudo, discutindo muito pouco as ações tomadas na secretaria propriamente dita, e abordando temas como privatizações, Petrobrás, Alstom, setor sucroalcooleiro, preço da gasolina, do gás, sempre sob a ótica conflitante das duas principais bancadas da Casa. Enquanto o PSDB defendia as posições do secretário, que tinha, além do apoio da bancada, o apoio dos técnicos da secretaria presentes à reunião, o PT lembrava as privatizações feitas em São Paulo e que, segundo Mentor, produziram há 14 anos um prejuízo que agora gera investigação. Aníbal citou como realizações de sua secretaria " que, segundo ele, tem a menor estrutura do Estado, a produção do Plano Paulista de Energia, projetado para 2020 e o que ele chamou de trabalho mais importante no setor de fornecimento de energia. A criação de um centro de pesquisa da Petrobras em Santos também foi citada como uma realização de peso por aproximar a estatal do petróleo de São Paulo, o Estado que mais produz para a empresa. A reunião teve a participação dos deputados Alex Manente (PPS), Geraldo Cruz (PT), Carlão Pignatari (PSDB), Roberto Massafera (PSDB), Ana do Carmo (PT) e Edson Ferrarini (PTB), além dos já citados.