De vítima da ditadura à símbolo de fé e revolução


14/04/2014 17:03 | Da Redação

Compartilhar:

 Frei Tito foi brutamente torturado. Deixou a prisão em 1970 e foi deportado imediatamente<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2014/fg160761.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Padre e intelectual, Tito de Alencar Lima nasceu em 14 de setembro de 1945, em Fortaleza, Ceará. Era duplamente comprometido: religiosamente, como dominicano; e politicamente, como umas das mais importantes lideranças da luta democrática que emergiu no Brasil contra o golpe militar de 1964.

Preso em 1969 por integrar uma rede de frades dominicanos que davam apoio à resistência popular, Frei Tito foi brutamente torturado. Deixou a prisão em 1970 e foi deportado imediatamente.

Acolhido na França, melancólico, ele cometeu suicídio e foi encontrado morto em 10 de agosto de 1974, estando seu corpo suspenso por uma corda. Sua morte desnuda a natureza destrutiva da tortura, que buscava um objetivo claro. Tito de Alencar representava um símbolo de uma nova aliança da fé e da revolução. Era necessário desmoralizá-la para evitar a sua disseminação.

Frei Tito tornou-se um mártir da causa social e é um dos mais gloriosos símbolos de resistência política e da defesa incondicional dos Direitos Humanos no Brasil.

Fonte: Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.

alesp