A Frente Parlamentar em Defesa do Barateamento da Tarifa do Transporte Público, coordenada pelo deputado Gerson Bittencourt (PT), realizou nesta quarta-feira, 23/4, reunião, com o objetivo de discutir alternativas para o barateamento das tarifas. Com a presença de especialistas, representantes de sindicatos, de cooperativas de transporte, de ONGs e vereadores, o deputado Gerson Bittencourt abriu os trabalhos afirmando que o transporte público é caro, precisa melhorar a qualidade do serviço oferecido, tem que buscar a integração entre as diversas cidades de uma região metropolitana, reduzir os impostos que oneram a planilha de custos e buscar alternativas para a redução de custos que não se limitem apenas à redução de impostos. Bittencourt é autor do Projeto de Lei 318/2013, em tramitação na Assembleia, e quer a extensão da linha 7, Rubi, da CPTM, de Jundiaí a Americana, além da implantação do Bilhete Único Metropolitano. Debates Os componentes da mesa, Adauto Farias, diretor de gestão econômico-financeira da SPTrans, Atilio André Pereira, secretário de Transportes de Guarulhos, Juarez Bispo Matheus, do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos, e Maurício Thesin, consultor de projetos de transporte nas cidades de São Paulo e São Bernardo do Campo, se manifestaram. Entre os itens que devem ser discutidos pelos especialistas nas diversas prefeituras e esferas governamentais está a redução do custo operacional do sistema, a redução do peso da tarifa para o usuário, o financiamento do sistema, a melhoria da infraestrutura, a informatização e a transparência do custo de operação do sistema tanto pelas empresas como pelo poder público. Segundo Adauto, hoje em São Paulo o custo do sistema de ônibus é divido em três partes, o usuário arca com 68% do valor, 11% é custeado através do subsídio empresarial - Vale Transporte e 21% de subsídio da prefeitura municipal. Os debatedores afirmaram que o bilhete único é uma forma de desonerar o usuário e que o governo estadual precisa adotar o bilhete metropolitano para baratear o transporte de quem mora em municípios dormitórios. Outras medidas que podem gerar economia ao usuário, de custo e de tempo, seriam: implantação de mais corredores exclusivos, redução dos tributos, controle inteligente da frota para evitar engarrafamento nos corredores e total divulgação dos custos operacionais.