Ato solene lembra os 99 anos do genocídio armênio


28/04/2014 21:48 | Da Redação Foto: Fabiano Ciambra

Compartilhar:

Edson Ferrarini, cônsul-geral Ilda Diruhi Burmaian, líderes religiosos Datev karibian, Vartan Valdir Bogossian, empresário André Kissadjikian e professor Antranik Manissadjiam<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-04-2014/fg161290.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A Assembleia Legislativa sediou, dia 28/4, ato solene em reverência aos 99 anos do genocídio do povo armênio. A cerimônia foi pedida pelo deputado Edson Ferrarini (PTB). Estavam presentes diversas autoridades e membros da comunidade armênia em São Paulo.

O massacre dos armênios, que é considerado o primeiro genocídio do século 20, começou em 24/4/1915. Centenas de milhares ou, segundo várias fontes, até um milhão de pessoas de origem armênia que viviam no Império Otomano, atual Turquia, foram assassinados ou expulsas de suas terras, morrendo de fome e de doenças durante o êxodo de 800 mil pessoas.

Até hoje, a comunidade armênia busca o reconhecimento mundial do genocídio, especialmente da Turquia. Muitos países, incluindo o Brasil, ainda não o reconhecem oficialmente, embora haja em São Paulo reconhecimento estadual. Em declaração inédita no dia 23/4, o atual primeiro-ministro turco, Recep Erdogan, reconheceu a "desumanidade" da tragédia de 1915, mas não reconheceu o genocídio. Desde 1991 a Armênia é uma república independente, após ter sido parte a União Soviética a partir de 1922.

São Paulo recebeu, entre os anos de 1918 e 1926, sobreviventes e fugitivos do genocídio de 1915, que formaram uma a comunidade empreendedora e que ganhou bastante influência em diversos setores da sociedade paulista. Os armênios em São Paulo começaram dedicando-se à fabricação de calçados e atividades comerciais e se organizaram em torno de suas igrejas e escolas. Há comunidades armênias importantes também em Osasco e no Rio de Janeiro.

alesp