Empoderamento de enfermagem é tema da 75ª semana da categoria
12/05/2014 19:23 | Da Redação - Foto: Yara Lopes
Por iniciativa da deputada Sarah Munhoz (PCdoB), realizou-se nesta segunda-feira, 12/5, ato solene em homenagem ao Dia Mundial do Enfermeiro, marcando a passagem da 75ª Semana Brasileira de Enfermagem. "É a primeira vez que uma enfermeira deputada chama esse evento na Assembleia Legislativa", disse a parlamentar, ao lembrar que "a semana da enfermagem surgiu da necessidade de juntar os profissionais uma vez ao ano, porque nossa missão é o cuidado para com as pessoas, e temos que refletir sobre esse cuidado".
Sarah Munhoz disse que a cada ano, na semana, é discutido um assunto. O tema de 2014 é O Empoderamento Político da Enfermeira, abordando questões de violência, assédio, saúde e relações de gênero, que são sua bandeira de atuação. Finalizando, a parlamentar disse que os objetivos do evento são fazer com que as pessoas se juntem para que possam fazer uma reflexão sobre os problemas que enfrentam no dia a dia profissional, da família e da comunidade.
Violência doméstica e sexual
Foi realizado debate com especialistas sobre temas que afetam a categoria. A médica ginecologista Fátima Duarte, da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e da Comissão Científica do Programa Saúde do Adolescente no Estado de São Paulo, falou sobre saúde e relações de gênero na enfermagem. Disse que a cada duas horas, no Brasil, morre uma mulher vítima de violência doméstica ou sexual e, ao mesmo tempo, morre uma de complicações da gravidez ou de câncer do colo de útero, que são causas evitáveis.
Essas mortes por causas evitáveis também foram lamentadas pela segunda palestrante, Sandra Andreoni de Oliveira Ribeiro, do Conselho Estadual da Condição Feminina e obstetriz pós-graduada em Planificacion Familiar Integral pela Universidad del Chile. Sandra falou sobre violência contra a mulher e os profissionais de enfermagem, e defendeu ainda a maior participação de profissionais da enfermagem nos legislativos.
Assédio moral
O problema do assédio moral no exercício da Enfermagem foi abordado por Cleide Mazuela Canavezzi e Regiane Fernandes.
Coordenadora da Câmara Técnica de Legislação e Normas do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Cleide Canavezi citou como principais vítimas as mulheres grávidas ou com filhos pequenos, os portadores de doenças relacionados ao trabalho e os negros. Ela explicou sobre os tipos de assédio (ameaça de mudança de setor, perseguição a funcionários sindicalizados), lembrando que a principal consequência é sempre a humilhação. Referindo-se aos problemas da profissão, fez defesa da implantação da jornada de 30 horas semanais, lembrando que ela é existente na prefeitura de São Paulo.
Enfermeira pós-graduada em Bioética pela USP e fiscal do Coren-SP, Regiane Fernandes frisou que o assédio pode ser confundido com conflito no trabalho "porque a enfermagem atua num ambiente conturbado, de muito estresse, onde é comum a comparação e a cobrança da chefia, já que trabalham em turnos". A enfermeira lembrou que o assédio pode ser do superior hierárquico, dos profissionais em relação à chefia e mesmo entre colegas, que praticam bullying.
Regiane Fernandes enfatizou a necessidade de o assediado fazer denúncia ao Coren, pelo fato de existir legislação federal sobre o assunto. Entretanto, frisou a importância de ser criada legislação estadual sobre o assunto.
Ana Cristina Bretas, enfermeira, socióloga e professora associada da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo, cobrou maior participação política da categoria, ao falar sobre Empoderamento Político da Enfermagem na Saúde. Segundo Bretas, a enfermagem só avançará aliada à política, "pois precisa ter mais visibilidade", comentou.
Estavam presentes os ex-deputados Jamil Murad e Ana Martins, o ex-ministro de Esportes Orlando Silva, representantes de associações de enfermagem e representantes da categoria.
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