O título deste artigo é parte do famoso poema de Gonçalves Dias, Canção do Exílio. Escrito em 1843, o belo poema faz alusão a uma terra distante, mas amada; trata-se, portanto, de um texto carregado de exaltação à nossa pátria. Relembrar o poema vem a calhar neste momento, isso porque recentemente o nosso Parque Ibirapuera, em São Paulo, foi eleito o 8º melhor parque do mundo pelo maior site de viagem do mundo, o TripAdvisor.

Em tempos em que a imagem do país é vendida para o mundo por meio de um dos maiores eventos esportivos do mundo, é bom nos lembrarmos da beleza e riqueza de nossas terras, além, é claro, da força de nosso povo. Aquele terrível hábito de comparar nosso país a outros mais desenvolvidos, vendo apenas os pontos negativos de nossa nação, como se fôssemos inferiores aos outros, não está com nada mesmo, e até os gringos perceberam isso, e o Ibirapuera é apenas um dos muitos pontos positivos em nosso imenso território.

Fiquei extremamente feliz pela classificação do parque paulista, primeiro, porque tenho o privilégio de trabalhar em uma Casa de Leis que está localizada em frente a este maravilhoso espaço natural, e, segundo, porque o mundo poderá ver parte da beleza que já conhecemos. O "Ibira", como é conhecido carinhosamente por alguns paulistanos, ganhou o título de melhor parque do Brasil, melhor da América do Sul e o oitavo melhor parque do mundo em prêmio do site. O Cristo Redentor (RJ) e o parque foram considerados os que mais valem a pena visitar no país. Na lista do melhor parque do mundo, o primeiro lugar ficou com o Stanley, em Vancouver, no Canadá.

Nosso parque ficou à frente até mesmo de pontos famosos, como o Parque do Retiro, em Madri (Espanha), e o Jardim de Luxemburgo, em Paris (França). Considerado quase como uma praia em meio à paisagem acinzentada da capital paulista, composta de prédios e asfalto, o local recebe pessoas de todos os lugares do país e até mesmo turistas estrangeiros. A diversidade cultural encontrada no parque é representada também em sua vegetação, que possui uma diversidade de árvores de diferentes partes do mundo. No Portão 7 do parque, os eucaliptos, que podem chegar a até 50 metros de altura, foram plantados no começo do século passado. Já o pomar das jabuticabeiras tem quase cem anos.

Quem dera toda a nossa população tivesse ao alcance parques como esse ou mesmo outros belos espaços, como o Villa-Lobos, o Ecológico do Tietê, o Anhanguera, todos da capital paulista, e o Cemucam, em Cotia, na Grande São Paulo. Exemplos positivos como esses devem ser seguidos e aplaudidos, pois precisamos de espaços verdes e de lazer em todo o Estado.

Outro resultado que merece ser citado é a nova colocação de universidades como a USP e a Unicamp no ranking do BRICs - agrupamento econômico atualmente composto por cinco países: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. As universidades ganharam posições no ranking. A USP, por exemplo, está entre as dez melhores de 200 instituições do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e subiu do 8º lugar no ranking em 2013 para 7º lugar da listagem deste ano. Entre as dez primeiras há outra, a Unicamp, que passou do 10º em 2013 para o 9º lugar neste ano.

É imprescindível destacar boas notícias como essas, pois assim como criticamos quando discordamos de algum ponto ou mesmo ação, é necessário também aplaudir e elogiar os bons resultados e as conquistas que a todos nos afetam positivamente. Que outras boas novas venham!

*Gilmaci Santos é deputado estadual pelo PRB e líder da bancada na Assembleia.