Defesa dos direitos da mulher no Parlamento paulista

Entre outros temas o grupo discute a vacina contra HPV na rede pública
07/07/2014 20:38 | Da Redação: Marisilda Silva

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A vacinação contra o HPV na rede pública de saúde do Estado de São Paulo é tema prioritário da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres. O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do de mama e de cólon e reto. Em 2013, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 4.800 brasileiras morreram de câncer de colo de útero.

A frente espera que seja aprovado na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 708/2007, que trata da vacinação gratuita de combate ao câncer do colo do útero em benefício das mulheres, na faixa etária de 9 aos 26 anos. A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher foi lançada pela primeira vez em 20/6/2007 e já realizou dois seminários de Prevenção e Combate ao HPV, em parceria com a Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), e vários debates regionais.

Na primeira edição da frente, o tema dos direitos da mulher foi levado aos pequenos municípios do Estado, onde muitas mulheres sofrem, são oprimidas e vítimas das mais diversas violências sem ter consciência dessa situação.

A Frente distribuiu mais de 250 mil cartilhas sobre a Lei Maria da Penha e realizou 130 encontros para debater planejamento familiar, violência contra a mulher e combate à discriminação.

O evento de lançamento da atual edição da Frente em Defesa dos Direitos da Mulher aconteceu em 5/8/2011, com a participação de cerca de 300 mulheres vindas de todas as regiões do Estado de São Paulo.

Vacinação contra HPV na rede pública

Desde 10/3/2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina contra o papiloma vírus humano (HPV) para meninas de 11 a 13 anos, em postos de saúde e em escolas públicas e privadas de todo o país. No lançamento da campanha e para enfatizar a importância da imunização, um evento foi organizado pelo Ministério da Saúde em São Paulo. A meta é imunizar 80% de um total de 5,2 milhões de meninas no país. Já a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo pretende imunizar 808,3 mil meninas.

A vacina estará disponível em 36 mil postos de saúde da rede pública durante todo o ano. Para se vacinar, basta apresentar o cartão de vacinação ou um documento com foto. A imunização é feita em três doses: a segunda vem seis meses depois da primeira e a terceira, cinco anos após esta. Recomendado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) esse método é utilizado em países como Canadá, México, Colômbia e Suíça, pois o modelo garante maior duração da proteção fornecida pela vacina.

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