Com a presidência do deputado Adriano Diogo (PT) e o apoio da deputada Leci Brandão (PCdoB), foi realizado ato solene da entrega do prêmio Zumbi dos Palmares, no auditório Franco Montoro da Assembleia Legislativa de São Paulo, a Benedito Barbosa, Rosa Maria Anacleto, Associação Cultural Afro-brasileira Voz dos Tambores, Eduardo Brasil, Iya Wanda D Osun, Rappin Hood, Doné Carmem Prisco e Guilherme Botelho Junior. Em sua nona edição, o prêmio enfatiza a reparação histórica à cultura afro-brasileira ao homenagear representantes das lutas por moradia popular, contra a violência na periferia e a perseguição ao culto religioso de matriz africana. Conforme lembrou o mestre de cerimônia, Jorge Machado, na abertura da comemoração, "Zumbi é símbolo de resistência contra a discriminação racial e 20 de novembro é a data da reflexão sobre a luta de um povo guerreiro". A mesa coordenadora do evento foi formada pela advogada Carmem Dora de Freitas Ferreira, presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB-SP, Elisa Lucas Rodrigues, coordenador de políticas para as populações negra e indígena da secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, Rafael Pinto, da Secretaria Municipal da Igualdade Racial de São Paulo, Maria Antonieta Martinez Antonacci, doutora e mestre em História do Brasil da PUC-SP, e Marco Antonio Zito Alvarenga, membro do conselho da comunidade negra do Estado de São Paulo. Logo após a abertura, o deputado Adriano Diogo passou a palavra para a sua colega, Leci Brandão, que agradeceu aos presentes o apoio que recebeu nas urnas, mas advertiu que a partir de 2015, "a luta será infinitamente maior, infinitamente mais difícil, porque os partidos progressistas terão menor representação na casa". E continuou dizendo: "Vamos precisar da colaboração e da parceria de todos, porque para a aprovação dos projetos que são ligados às nossas lutas, principalmente do povo negro, do povo do santo, do povo do segmente LGBT, nós temos de nos posicionar defendendo o projeto que o povo escolheu, um projeto progressista, que tem a ver com o desenvolvimento de todas as pessoas, principalmente dos menos favorecidos. Estamos juntos e ninguém vai separar isso. Ninguém separa o bem-querer". Todos os componentes da mesa lembraram a importância da luta de Zumbi como inspiração para o povo negro e da necessidade de que a história seja contada segundo a sua ótica.