USP realiza evento de combate ao trote

Democracia universitária, ética e corpo: não à opressão foi agendado para 24/2
16/01/2015 15:40 | Da Redação: Keiko Bailone Foto: Ricardo Kobayashi

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Adriano Diogo, presidente da CPI e participantes da reunião preparatória do Dia Antitrote <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-01-2015/fg166912.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Programação do do Dia Antitrote<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-01-2015/fg166957.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A USP vai realizar no próximo dia 24/2, a partir das 9 horas da manhã, no Teatro da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), o evento Democracia Universitária, ética e corpo: não à opressão, nenhuma vida vale menos.

Tanto o título do evento como a programação foram fruto do consenso entre estudantes, docentes e representantes da Faculdade de Medicina da USP, prefeitura do campus da Capital-USP, superintendência de Segurança da Cidade Universitária, Adusp e Coletivo Feminista Geni da FMUSP. A coordenação coube à professora Zilda Iocoi, presidente da Diversitas-Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos.

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Adriano Diogo (PT), esteve presente à essa reunião preparatória, contribuindo com o relato colhido na CPI de violações dos direitos humanos das universidades paulistas. Vale ressaltar, tanto a CPI quanto esse evento resultam das audiências públicas promovidas pela CDH, quando alunos vítimas de estupro, racismo e preconceito denunciaram trotes violentos ocorridos na FMUSP.

Estão previstas três mesas redondas: "Ações contra a opressão"; "Desocultando opressões" e "Ações que superem o ciclo de violência".

Durante a reunião preparatória, Zilda Iocoi explicou que a ideia é ensinar aos alunos como lutar e reverter o problema da violência no trote. Sabe-se que após a morte do estudante Edison Tsung Hsueh, de apenas 22 anos, em 22 de fevereiro de 1999, os trotes foram proibidos na USP, mas continuaram acontecendo na FMUSP e em campus do interior do Estado. Aliás, Ciro Teixeira Correia, presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp), defendeu a necessidade de se deixar claro que a realização do evento no Teatro da FMUSP não significa que o problema do trote ocorre apenas naquela instituição.

alesp