Audiência recebe alunos da Uniesp para tratar dos contratos irregulares com o Fies


09/02/2015 19:45 | Da Redação: Caroline Leonardo

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Carlos Giannazi (ao centro), organizador da reunião com estudantes do Grupo Educacional União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo (Uniesp)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2015/fg167352.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  Contratos irregulares com o Fies são tema de reunião na Assembleia <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2015/fg167353.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Estudantes relataram problemas referentes a matrículas vinculadas ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-02-2015/fg167354.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em reunião realizada nesta sexta-feira, 9/2, estudantes do Grupo Educacional União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo (Uniesp) de Jandira relataram problemas referentes a matrículas vinculadas ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Segundo apuração do Ministério Público Federal a instituição teria forjado informações em contratos do Fies para conseguir crédito federal em unidades impedidas desde 2013 de oferecer financiamento. A Uniesp informava cursos e instituições diferentes dos que os alunos estavam realmente matriculados, e problema era detectado quando os alunos tentavam trancar ou transferir o curso para outra instituição que não pertencia ao grupo.

TAC

Mesmo depois de assinado um termo de ajustamento de conduta (TAC) junto ao Ministério Público Federal, muitos problemas continuaram. Como no caso da estudante Bárbara Cunha: "30% da sala decidiu trocar de faculdade e essa transferência foi negada. O coordenador alegou que já existia uma transferência, mesmo que nunca tenhamos saído de Jandira. Já faz nove meses e eles não cumprem nada do que foi combinado".

O vereador Zezinho (PT) da região de Jandira acompanha o caso e apoia os alunos e pessoas da comunidade que lutam pela regularização da situação. "Como pode um aluno de Jandira ser matriculado em outra cidade e até em outro Estado?" afirmou o vereador. O advogado que acompanha o caso falou sobre o descumprimento por parte da Uniesp do acordo firmado com os alunos e do TAC assinado com o MPF.

Preços diferentes

Daniela Pereira Simizu Santana é aluna de pedagogia e questiona a grotesca diferença dos valores finais do seu financiamento e de suas colegas que cursam o mesmo semestre. "Todas nós somos da mesma sala, mesmo horário, com os mesmo professores. Eu quero uma explicação de como os nossos financiamentos são diferentes? O meu é de 65 mil, da minha amiga é 50 mil e da outra é 40."

Lilidia Francisca Santos tem 65 anos e deseja realizar o sonho de terminar a faculdade e ter o seu diploma em mãos. "Sempre tive o desejo de cursar uma universidade mas isso era impossível por questões financeiras. Quando surgiu a oportunidade, eu fui correndo. Para aprender nunca é tarde".

O deputado Carlos Giannazi (PSOL), organizador do evento, afirmou que vai enviar os depoimentos prestados durante a reunião, juntamente com um dossiê sobre o caso, para a presidente Dilma Rousseff, o ministro da educação Cid Gomes, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e o Tribunal de contas da União. Também será enviada uma cópia ao presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo.

alesp