Na próxima sexta-feira, 27/3, a Assembleia Legislativa sediará uma audiência sobre o benzeno e a saúde do trabalhador. Organizado pelo deputado Marcos Martins (PT), o evento tem o apoio da Federação Nacional dos Empregados em Postos de Serviço de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Fenepospetro), da Federação Estadual (Fepospetro), do Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Serviço de Campinas (Sinpospetro).

Durante a audiência, serão expostos os riscos da exposição ao benzeno, os prejuízos à saúde do trabalhador, ao meio ambiente, aos proprietários dos postos de abastecimento e até aos donos de veículos automotores.

Justamente devido a esses riscos, Marcos Martins protocolou na Assembleia o Projeto de Lei 247/2015, que proíbe a prática do abastecimento além do limite automático nas bombas dos postos de combustíveis.

"O benzeno é altamente volátil, sendo rapidamente absorvido pelas vias respiratórias e armazenado em nosso tecido adiposo, no sistema nervoso central e na medula", explica o autor do PL. Essa é uma luta antiga dos trabalhadores. A agressividade do benzeno só foi parcialmente reconhecida em 1978. A partir de 1983, com base nos estudos e ações existentes na época, vários movimentos foram desencadeados em relação ao risco de exposição: pela Secretaria Estadual de Relações do Trabalho (Sert); pelas universidades e serviços públicos de saúde e pelo Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos da Baixada Santista. "Hoje há uma quantidade difícil de mensurar de trabalhadores em postos de abastecimento que veem sua saúde ser prejudicada pela exposição ao produto", revela Martins.

Além dos principais malefícios à saúde do trabalhador, o PL protocolado pelo deputado, bem como as ações de conscientização e campanhas que os sindicatos e federações vêm realizando, também serão discutidos durante a audiência. O evento contará com a presença e participação de sindicalistas, trabalhadores da categoria, representantes da Fundacentro, Cerest e principais centrais sindicais.