A palestra "Caminhos possíveis para socioeducação pelo esporte" abriu o terceiro dia de atividades do V Seminário Esporte, Atividade Física e Saúde, que acontece na Assembleia Legislativa entre os dias 13 e 16 de abril. A professora Rosângela da Silva Domingos, da Fundação Casa " Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Cubatão " SP), fez inicialmente um retrato do jovem que chega à instituição - nível social, formação escolar, tipologia do artigo legal que o jovem está incurso, dados familiares e outros itens. Rosângela analisou qual a ação que o profissional de educação física pode propor para os adolescentes nos diversos momentos que ele esta à disposição da Justiça, como no atendimento inicial em que ele fica à espera da decisão a qual regime será submetido, que dura 72 horas; na internação provisória, que é de 45 dias, e no regime semiaberto, no qual o jovem faz atividade fora da instituição e dorme na fundação. A avaliação da capacidade física, desenvolvimento físico e outros parâmetros formam um diagnóstico que o profissional pode e deve fazer em conjunto com outros para estabelecer uma rotina de atividade que possa ajudar no desenvolvimento do adolescente e que ele possa executar com prazer. A especialista concluiu que ainda são necessárias mais pesquisas com esta população para se estabelecer programas que possam ajudar o jovem e se reintegrar na sociedade de forma positiva. Saúde na escola Na segunda palestra do dia, a professora Suraya Cristina Darido, da Universidade Estadual Paulista " UNESP (Rio Claro), discorreu sobre o papel da escola como promotora da saúde. Ao abrir o debate, a professora Suraya perguntou qual é o conceito de saúde. Ela se associou a aqueles que conceituam saúde não como ausência de doença ou apenas o bem-estar individual, mas que saúde é um conceito amplo onde o ambiente também é considerado, tanto o ambiente físico como também o social. Para que a escola seja promotora da saúde a professora apresentou propostas que poderiam ser incorporadas pelas unidades de ensino como a criação de um conselho escolar que reunisse professores, dirigentes, funcionários e pais para pensar na promoção da saúde; utilizar o tempo do intervalo com estímulos para que meninos e meninas possam ocupar igualmente o espaço com atividades físicas livres; aumento do tempo das atividades físicas além do período regular das aulas; escolas em tempo integral e abrir as escolas nos finais de semana. A educadora ressaltou que é necessário que estas atividades sejam prazerosas e que possam dar ao praticante a sensação de sucesso na execução e que sejam adaptadas para sua condição física e habilidade.