Os metroviários de São Paulo se reuniram nesta quinta-feira, 21/5, em audiência para protestar contra as demissões ocorridas após as greves de 2007 - 61 funcionários - e 2014. Nesta última, 42 trabalhadores foram demitidos por justa causa. Entretanto, a empresa readmitiu dois e outros dois já conseguiram garantia de retorno. Portanto, na realidade, são 38 ex-funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo que estão à espera da decisão da Justiça. Em primeira instância, a Justiça do Trabalho já deu ganho de causa aos trabalhadores, mas não decidiu sobre quando eles devem voltar. "O ideal é que eles voltassem de imediato", disse Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do Sindicato. Ele disse que as demissões atingiram principalmente dirigentes sindicais, cujo direito à greve e às manifestações está assegurado pela Constituição Federal. Essa afirmação foi endossada pelo deputado Raul Marcelo (PSOL), a quem coube a iniciativa de promover a audiência. A participação de representantes de diversas categorias - entre as quais Rejane Farias, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, e Elizeu Soares Lopes, chefe de gabinete da deputada Lecy Brandão - centraram em críticas aos governos estadual e federal e ao PL 4.330/2004, que trata da terceirização das atividades-fim das empresas.