A Frente Parlamentar em Defesa do Iamspe, coordenada pelo deputado Marcos Martins (PT), foi relançada nesta quinta-feira, 25/6, na Assembleia Legislativa, em reunião conjunta com a Comissão Consultiva Mista (CCM) do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), que realizou audiência pública da entidade. O deputado Marcos Martins informou que a frente já conta com 36 inscritos e tem o objetivo de enfrentar os problemas do instituto para que ele continue sendo público e, principalmente, de "lutar para que o Estado dê a contribuição de 2% (sobre a folha de pagamento) que lhe é devida, mas não cumprida". Identificar os problemas e apontar soluções, de acordo com a deputada Márcia Lia, são as metas a serem perseguidas pela frente. "Nosso objetivo é melhorar a vida de tantos servidores do Estado de São Paulo", declarou. A deputada Ana do Carmo (PT) apontou para a necessidade de descentralizar o Hospital do Servidor, uma vez que o atendimento no interior é precário e muitas vezes inexistente, obrigando muitas pessoas a se deslocarem por grandes distâncias para conseguirem atendimento. O presidente da CCM do Iamspe, Sílvio Micelli, enfatizou a importância de manter a luta em prol do Hospital do Servidor na Assembleia Legislativa como forma de dar amplitude às demandas dos servidores. Lembrou que o instituto requer recursos financeiros e a luta deve ser no sentido de que haja efetivo investimento nas áreas realmente necessárias. O diretor clínico do Hospital do Servidor, Geraldo Danzi Sálvia Filho, afirmou que o maior problema atualmente enfrentado pelo hospital é a reforma iniciada em 2013 e ainda inacabada por falta de verba. A obra, orçada em R$ 140 milhões, gerou gastou extras e requer mais R$ 42 milhões para ser concluída. Com o início da reforma, 280 leitos foram desativados e assim permanecem, o que compromete o atendimento. Outra dificuldade relacionada pelo diretor clínico do hospital diz respeito às filas de espera, especialmente das cirurgias eletivas, que acabam sendo deixadas em segundo plano em prol daquelas de emergência e doenças mais graves. O médico reivindicou maior participação dos técnicos nas decisões relativas à reforma, da qual se sentem alijados. "Os profissionais da saúde se veem impotentes para resolver esses problemas", revelou. De acordo com Geraldo Sálvia, é necessário desenvolver uma estrutura de atenção básica descentralizada, com equipes multidisciplinares e equipamentos próprios. "O modelo de credenciamento é menos resolutivo e mais caro", opinou. Disse, ainda, que a vocação do Hospital do Servidor é o ensino e a pesquisa, mas que para isso é necessário financiamento do governo. Participaram também da audiência Professor Moreno e João Elísio, primeiro e segundo vice-presidentes da CCM, além de diversos trabalhadores do Iamspe vindos de diversas regiões do Estado de São Paulo.