Secretaria da Agricultura estabelece prevenção conta a gripe aviária


30/06/2015 21:23 | Da Redação: Joel Melo Fotos: José Antônio Teixeira

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Heinz Otto Hellwig (dir) fala da ameaça potencial que representa a ocorrência da gripe aviária nos EUA<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2015/fg172658.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião da Comissão de Atividades Econômicas desta terça-feira, 30/6 <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-06-2015/fg172659.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Designado pelo secretário Arnaldo Jardim para dar um panorama completo sobre a influenza aviária aos membros da Comissão de Atividades Econômicas, o coordenador da defesa agropecuária da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, Heinz Otto Hellwig, falou da ameaça potencial que representa a ocorrência da gripe aviária nos EUA, que até o momento atinge 50 milhões de aves naquele país, e dos cuidados que vêm sendo tomados para evitar que a doença atinja o território paulista.

Hellwig disse que foi alertado pelo próprio secretário, em 13/3, do que estava acontecendo nos EUA com relação à influenza aviária e que, a partir de então, já realizaram 29 eventos no Estado para esclarecer a população sobre os perigos da gripe não só para as aves, como também para as pessoas, lembrando que foi elaborado, então, com a participação de outros técnicos da agricultura, o Plano Paulista de Prevenção da Influenza Aviária.

O plano leva em consideração o fluxo de pessoas que deixam o continente asiático e, a partir da ocorrência da influenza nos EUA, as que vêm daquele país ou que retornam de férias, bem como das aves migratórias que começam a deixar a América do Norte por causa do fim do verão, e que têm como rota o Estado de São Paulo.

"A Secretaria da Agricultura estabeleceu estratégias para a avicultura industrial, avicultura de postura, avicultura de genética e para os segmentos que envolvem as aves silvestres, cativas, migratórias e as criações informais", esclareceu Hellwig. O coordenador da defesa agropecuária disse ainda que esse trabalho "foi orientado pelo secretário Arnaldo Jardim, e o governador Geraldo Alckmin baixou um decreto criando uma comissão para, em conjunto, Saúde, Meio Ambiente, Parques Zoológicos, Parques Ecológicos e Polícia Ambiental, fizessem um trabalho de controle focado na expectativa do ingresso do vírus em nosso território, porque a influenza aviária pode se tornar um problema de saúde pública". E continuou esclarecendo que esse trabalho não é um protocolo de intenções, mas são ações reais que tiveram começo, meio e, ele espera, terão um fim. "São ações determinantes para a proteção do patrimônio genético e da economia do Estado de São Paulo e do Brasil".

Para finalizar, Hellwig fez a seguinte colocação: a doença não se esconde e não ocorre por acaso, mas por descaso. Disse que a atividade da comissão é preventiva e que a doença, se acaso ocorrer, não tem cura e não tem vacina. Só resta a eliminação do plantel. Em seguida passou a palavra para o veterinário Fernando Gomes Buchala, que esmiuçou o assunto, começando com dados de meados da década de 2000, quando as primeiras ocorrências da influenza aviária na Ásia "contaminaram mais de 700 pessoas e, pior, com mais de 500 óbitos".

Buchala alertou sobre a capacidade que o vírus Influenza aviária tem de trocar material genético com outros vírus influenza (suína, humana...) e, a partir daí, surgir um novo patógeno com a capacidade de disseminação do vírus humano (a gripe sazonal que nos acomete principalmente no inverno) e a letalidade do Influenza aviária.

Buchala lembrou que países onde há ocorrência da influenza aviária ficam proibidos de comercializar seus produtos avícolas, e esclareceu a importância do setor no agronegócio brasileiro. "Hoje, frango de corte e ovo são produtos acessíveis para grande parte da população, que consome mais de 40 kg de carne de ave por ano. Qualquer ocorrência da influenza colocaria em colapso essa cadeia produtiva".

alesp