Delegados de polícia participaram nesta sexta-feira, 7/8, de uma audiência informal presidida pelo deputado Delegado Olim para ouvir explicações dos principais articuladores da proposta de emenda à Constituição federal 443/2009. Aprovada em primeiro turno na madrugada do dia 6/8, o texto-base da PEC vincula o salário da Advocacia Geral da União (AGU), das carreiras de delegados da Polícia Federal e da Polícia Civil dos Estados e do Distrito Federal, além dos procuradores municipais, a 90,25% do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Os bastidores dessa "guerra" foram relatados por Guilherme Mussi (PP), deputado federal por São Paulo, um dos principais articuladores, Marilda Pansonato Pinheiro, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp), deputado federal Gilberto Nascimento (PSC), George Melão, presidente do sindicato da categoria em São Paulo, e Youssef Abu Chahin, delegado-geral de Polícia do Estado. A votação do segundo turno está prevista para os próximos meses, mas o principal, segundo Mussi, foi garantir que os delegados da Polícia Civil dos Estados estivessem inclusos no texto da PEC 443/2009. Assim como Olim, todos os presentes destacaram a importância da mobilização da classe para a aprovação da PEC 443/2009, e agora também para o substitutivo à PEC estadual 7/2015, da autoria desse parlamentar. Esse substitutivo terá de ser votado pela Assembleia Legislativa e, segundo explanação do delegado André Luiz Tewfiq, da Corregedoria da Polícia Civil, trata-se de uma proposta estratégica "que não cria despesa, não altera os poderes do governador de legislar e, ao mesmo tempo, delega poderes ao delegado-geral em questões que envolvam a Polícia Civil". "Viável, factível e inteligente": assim resumiu o presidente da Assembleia, Fernando Capez, ao se dirigir aos delegados, sobre o substitutivo da PEC 7/2015, que deverá ser discutido e colocado em votação.