Comissão de Finanças conclui etapa de audiências na Grande São Paulo

A reunião para ouvir as demandas da capital acontece nesta quarta-feira
17/08/2015 19:58 | Da Redação: Marisa Mello

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Os moradores da área sudoeste da Região Metropolitana de São Paulo (Embu e entorno), do ABC e do Alto Tietê (Mogi das Cruzes e entorno) apresentaram suas demandas ao Orçamento estadual 2016, na última semana, durante as audiências públicas realizadas pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, presidida pelo deputado Mauro Bragato (PSDB), que informou que o calendário da comissão prevê 21 audiências públicas e que as informações coletadas serão enviadas ao governo do Estado. A previsão orçamentária para 2016 é de cerca de R$ 204 bilhões.

A etapa referente às discussões da Grande São Paulo será concluída nesta quarta-feira, 19/8, no auditório Franco Montoro da Assembleia Legislativa, para ouvir as reivindicações dos moradores da capital.

Espera-se que, a exemplo das reuniões já realizadas, um número significativo de público compareça para debater com a CFOP assuntos de interesse público.

Compensação ambiental

Embu e região tem demandas importantes como a ampliação do atendimento de saúde e em especial do hospital regional e a compensação financeira aos municípios pela restrição ambiental. A região, principalmente Juquitiba e São Lourenço, detém mananciais de abastecimento da Grande São Paulo, mas sofrem com a crise hídrica e com a falta de saneamento básico. Dentro da mesma temática está a necessidade de canalização do córrego Pirajussara, responsável por enchentes que transtornam a vida das famílias que moram às suas margens.

Regularização fundiária

Também ligada à questão ambiental, a regularização fundiária foi o principal assunto da reunião realizada em Santo André, para debater os pleitos do ABC e região. Muitos cidadãos abordaram a necessidade da regularização fundiária de moradias situadas em áreas ambientais, no município de São Bernardo do Campo.

As cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires constituem o Consórcio Intermunicipal do ABC. No relatório de demandas apresentadas pelo consórcio, destaque para duplicação da rodovia Índio Tibiriçá, alças viárias para rodovia Anchieta, extensão da linha 17 da CPTM a Diadema, implementação da linha Rosa ligando o bairro da Lapa a São Bernardo, integração do transporte metropolitano, novos piscinões (em especial no bairro Jaboticabal), ampliação do efetivo policial, sistema de monitoramento com 540 câmeras de segurança, remoção de 2 mil famílias em áreas de risco, fiscalização ambiental em mananciais, sinalização turística e 22 mil novas vagas escolares.

Na área da saúde, foi enfatizada a ampliação da distribuição de medicamentos de alto custo, e do piso da atenção básica (hoje de R$ 3 por habitante) e da participação do Estado no financiamento do Samu.

Ceagesp em Suzano

A região do Alto Tietê é composta por dez municípios: Mogi das Cruzes, Suzano, Itaquaquecetuba, Poá, Ferraz de Vasconcelos, Arujá, Biritiba Mirim, Salesópolis, Santa Isabel e Guararema. Todos estes e mais o de Guarulhos compõem o Consórcio do Alto Tietê. Moradores desta região, reunidos na Câmara de Mogi, definiram como uma das reivindicações principais a instalação do Ceagesp " que deverá sair da capital " em Suzano.

A mobilidade urbana também foi lembrada. Sugestões como duplicação da rodovia Mogi-Dutra, asfaltamento da estrada da Volta Fria (importante ligação entre a Mogi-Dutra e a Mogi-Bertioga), e a interligação entre a alça do rodoanel que passará em Suzano até a avenida Aricanduva (na capital) e outra ligação até o porto de Santos (via Piaçaguera)

Os problemas que o Hospital Luzia Pinho (em Mogi) enfrenta, assim como outras unidades de atendimento de saúde nos municípios vizinhos, também foram citados.

Em votação realizada pela CFOP ao longo das reuniões, saúde foi considerada prioridade para Embu e para o ABC, já a prioridade de Mogi e região é a segurança pública.

alesp