Secretário fala sobre projetos prioritários para o transporte metropolitano

Segundo Clodoaldo Polissioni, dificuldades incluem falta de repasses do PAC
19/08/2015 20:17 | Da Redação Fotos: Roberto Navarro

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Secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, e Davi Zaia <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2015/fg174142.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Secretário Pelissioni apresenta projetos prioritários de sua pasta e presta esclarecimentos sobre a Linha 4 Amarela  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2015/fg174143.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputados presentes na comissão perguntam, entre outras questões, sobre cronograma das obras do Metrô <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2015/fg174144.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Pelissioni esclarece sobre prazos da Linha 17 Ouro, monotrilho e da Lina 15 Prata, que opera apenas no trecho Vila Prudente - Oratório <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2015/fg174225.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Clodoaldo Pelissioni e Davi Zaia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2015/fg174226.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, esteve nesta quarta-feira, 19/8, na Assembleia Legislativa para apresentar os planos e as ações desenvolvidos pela pasta aos membros da Comissão de Assuntos Metropolitanos, presidida pelo deputado Davi Zaia (PPS).

Pelissioni apresentou os projetos prioritários que estão sendo executados pela secretaria nas regiões metropolitanas do Estado para expandir os serviços de transporte sobre trilhos e de ônibus intermunicipais. Segundo o secretário, sistema metroferroviário de São Paulo tem 336 quilômetros, sendo 78 quilômetros de metrô. Cerca de 7 milhões de pessoas utilizam os serviços.

Projetos e obras

Os projetos prioritários que estão em andamento abrangem 10 grandes obras, sete delas no metrô. O secretário detalhou os cronogramas e as etapas de cada uma delas e os montantes dos investimentos previstos. Ele destacou alguns contratempos da Linha 5 Lilás, que neste momento é a que tem o maior volume de obras em andamento. Dificuldades enfrentadas com desapropriações e questões ambientais foram apontadas como justificativas para o atraso da conclusão de etapas. Segundo Pelissioni, as estações Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin devem ser ativadas em junho de 2017. Outras seis até dezembro de 2017, e a estação de Campo Belo, no início de 2018.

Sobre a Linha 4 Amarela, explicou que a rescisão unilateral do contrato com o Consórcio Isolux Córsan-Corviam - que causou o atraso da entrega de quatro estações - será seguida por uma nova licitação cujo edital deve sair neste semestre. A intenção é que as obras sejam reiniciadas no início do próximo ano.

Monotrilho e PPPs

A Linha 17 Ouro (monotrilho) também tem novo prazo para iniciar o funcionamento do trecho entre o aeroporto de Congonhas e a estação Morumbi. Dois pontos críticos particularizam essa linha: as dificuldades para situar o pátio, que está sendo feito em cima de um piscinão e a necessidade de remoção de cerca de 10 mil famílias. "Pretendemos entregar essa linha para a operação comercial em dezembro de 2017", disse o secretário.

Já a Linha 15 Prata, que vem operando apenas no trecho entre as estações Vila Prudente e Oratório, em horário reduzido, deve passar a operar das 7h às 19h. A Linha 6 Laranja, que ligará Brasilândia, na zona norte, à região central, deve ter no próximo ano 17 frentes de obra, embora não haja ainda estimativa para a conclusão dessa linha, que terá 16 estações e deve ser feita por meio de parceria público-privada (PPP).

No conjunto, as obras de expansão do sistema metroferroviário que estão em curso englobam 9 linhas, 97 quilômetros de extensão e devem atender 2,8 milhões de passageiros. Clodoaldo Polissioni afirmou que os projetos existem, mas faltam recursos financeiros. Ele apontou entre as dificuldades o fato de o Estado estar contando com os repasses de recursos do governo federal, particularmente do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), e os óbices enfrentados pelo governo do Estado para obter novos empréstimos junto a organismos e bancos internacionais. Tudo isso, aliado às barreiras burocráticas, exigências dos licenciamentos ambientais e as desapropriações, que dependem da ação das prefeituras, teria contribuído para os atrasos nos cronogramas das obras.

Atrasos e falta de recursos

O deputado Carlos Neder (PT) solicitou a exibição de vídeo com matéria veiculada recentemente pelo matutino Bom Dia SP, da Rede Globo, sobre os sistemáticos atrasos das obras do metrô de São Paulo e a lentidão para a expansão do sistema, que atualmente incorpora apenas novos 2,5 quilômetros de linha por ano. "Como convencer a opinião pública de que atrasos dessas obras não refletem um problema de gestão?", questionou Neder, que indicou ainda a baixa execução orçamentária da secretaria, que, segundo o parlamentar, teria executado apenas R$ 0,9 bilhão de um total de R$ 4,8 bilhões previstos. Pelissioni respondeu que de um orçamento total de R$ 8,5 bilhões, R$ 2,5 bilhões não virão, e que a execução orçamentária da secretaria bate 85% do total previsto.

Carlos Neder propôs à comissão que seja feito convite ao ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e à presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, para esclarecerem se a União tem ou não cumprido a sua parte.

Já o deputado Celino Cardoso (PSDB) apontou a falta de recursos do BNDES, que financia diversas obras de infraestrutura no exterior, e de investimentos da prefeitura de São Paulo no metrô paulista. Orlando Morando (PSDB) também frisou que o governo federal não direcionou nenhum recurso a fundo perdido para a colaborar com a expansão do metrô de São Paulo.

O secretário Clodoaldo Pelissioni respondeu a uma série de outras perguntas sobre as linhas de metrô e de trens feitas pelos deputados participantes da reunião: Celino Cardoso (PSDB), Orlando Morando (PSDB), Coronel Telhada (PSDB), Carlos Neder (PT), Luiz Turco (PT), Alencar Santana (PT), Márcio Camargo (PSC), Atila Jacomussi (PCdoB), Marta Costa (PSD) e Coronel Camilo (PSD).

alesp